Na província de Tete, a violência doméstica ainda é um problema sem fim à vista, apesar das campanhas de sensibilização para a erradicação deste mal. Este ano, 30 mulheres foram submetidas a maus-tratos pelos respectivos parceiros e as autoridades dizem que as famílias têm um papel crucial para acabar com o problema.
Além do desconhecimento da lei que as protege da violência doméstica, mulheres e raparigas contactam os serviços existentes para atendê-las em caso de abuso quando a situação já é grave.
É assim em Tete, muitas mulheres e raparigas são alvos de agressão física, violência psicológica, económica e social, entretanto durante vários anos, sofrem caladas.
Segundo conta, Raquel, mulher de 32 anos de idade, viveu momentos conturbados de violência protagonizada pelo próprio marido. Mãe de dois filhos, a vítima teve que dar um basta quando se apercebeu de que lhe podia acontecer o pior.
A vítima ressente-se até hoje do trauma vivido pelos filhos que presenciaram os actos de violência protagonizados pelo seu pai.
Para evitar que mais pessoas sejam vítimas de violência doméstica, as autoridades em Tete desencadeiam uma campanha de sensibilização nas comunidades. A mesma enquadra-se nos 16 dias de activismo pelo fim da violência baseada no género.