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Transportadores internacionais queixam-se de concorrência desleal

Foto: O País

Operadores de transporte do terminal internacional da Baixa da Cidade de Maputo queixam-se de transportadores sem licença, que lesam a actividade. Os transportadores associados dizem que o facto é do conhecimento do Governo, no entanto o cenário tende a piorar, principalmente na quadra festiva.

Os transportadores internacionais associados, que fazem as rotas Cidade de Maputo–Johannesburg, Cidade de Maputo–Capetown e outros destinos, na vizinha África do Sul, queixam-se de disputa de passageiros com transportadores sem licença e não associados.

Os operadores dizem que quem está formalmente credenciando deve pagar certos impostos, taxas e outras responsabilidades, algo que não acontece com aqueles que operam de forma ilegal, fazendo uma concorrência desleal.

“Está muita gente infiltrada nesta rota, que nada paga ao Estado. O Estado sai a perder, assim como nós. Se o Governo quiser que isto tenha fim e colaborar connosco, nós podemos indicar quem são as pessoas”, disse Marcos Abílio, transportador internacional no terminal da Baixa.

Segundo Abílio, a situação é do conhecimento do Ministério dos Transportes e Comunicações, porém nada muda.

“Acho que é falta de vontade, pois o Ministério dos Transportes tem engenheiros… técnicos…, ou seja, profissionais que podem ajudar a combater o mal. Isto não acontece apenas aqui em Moçambique, África do Sul também tem ‘piratas’”, acrescentou.

Contudo, apesar da existência dos considerados ‘piratas’, houve um movimento satisfatório esta terça-feira, no terminal internacional da Baixa da Cidade de Maputo.

“Hoje acordamos com um movimento muito forte. Até às 10h, já tínhamos evacuado pouco mais de 12 carros. Para Johannesburg já saíram oito, para Rustenburg também. Então, foi uma manhã bastante intensa. Agora, tende a abrandar”.

Cenário diferente viu-se no terminal rodoviário da Junta, onde houve pouca procura por transporte, principalmente para viagens interprovinciais.

“Desde os anos passados, tem sido assim. A procura é mais para sair do país, por isso assistimos a mais passageiros que vêm das zonas Norte e Centro, tendo como destino último os vizinhos África do Sul, Reino de eSwatini e outros destinos”, explicou Samuel Mablhaia, transportador internacional, na Junta.

A procura foi fraca de tal sorte que alguns passageiros chegaram a aguardar durante horas, uma vez que os carros só partem depois de terem todos os assentos preenchidos.

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