Arrancou, esta segunda-feira, no distrito de Dondo, em Sofala, o inquérito populacional sobre a COVID-19, que vai abranger cerca de 55 mil famílias, com o objectivo de aferir a eficácia das vacinas, de modo a melhorar as intervenções do Governo no combate a novas variantes da doença.
“O inquérito populacional sobre a COVID-19, também denominado ECOVA II, é a implementação de um sistema de vigilância demográfica que será instrumental para a avaliação da eficácia das vacinas contra a doença, e enquadra-se no plano de resposta a esta pandemia, tendo em conta o surgimento de novas variantes da doença. Este inquérito, cujos resultados deverão reflectir a realidade de todo o país, vai, entre outros objectivos, recolher dados socioeconómicos e informações sobre o comportamento da saúde dos inquiridos e pretende-se também registar as especificidades da vacinação a nível individual com vacinas contra a COVID-19, incluindo a data de vacinação e o tipo de vacina recebida”, explicou João Manuel, delegado do Instituto Nacional de Saúde, em Sofala.
Os resultados deste inquérito, continuou João Manuel, são importantes para a melhoria do Plano Multissectorial de Controlo e Resposta à COVID-19 em Dondo, em Sofala e no país em geral, porque vão permitir a tomada de melhores decisões em situação de surgimento de novas variantes da doença. “Este inquérito faz parte do pacote de intervenções multissectoriais em curso para acelerar o controlo e contenção da propagação da epidemia neste distrito, em particular, e no país em geral.”
João Manuel explicou ainda que a escolha do distrito do Dondo, para acolher o referido inquérito, se prende-se ao facto de aquela região do país ter uma das características específicas, nomeadamente a existência da população urbana e não urbana.
O inquérito tem a duração de 40 dias e as 55 mil famílias a serem abrangidas pelo processo correspondem a toda a população do distrito de Dondo, e espera-se que os resultados estejam disponíveis dentro de sete meses.
“Apelo para a participação de todos neste inquérito, pois só assim poderemos ter a real dimensão da pandemia da COVID-19 em Dondo, guiar as intervenções, bem como melhorá-las para uma melhor resposta a eventuais novas variantes da doença”, instou o delegado do Instituto Nacional de Saúde, em Sofala.
“Aproveito esta ocasião para apelar às pessoas que tenham ou possam ter algum sintoma da COVID-19 para que se dirijam ao centro de saúde mais próximo, pois assim poderemos ter informação que nos ajude a compreender melhor o funcionamento das vacinas contra a COVID-19. Esta informação vai permitir a tomada de decisões sobre o número de doses a tomar e o intervalo entre a 1ª e a 2ª dose, melhorando, deste modo, a provisão dos serviços de saúde à população”, continuou.
A administradora e o presidente do Município de Dondo, que testemunharam o arranque do inquérito, assim como os beneficiários, foram unânimes em apelar para o envolvimento de todos e a fornecerem dados fiéis aos inquiridores, facto que ira contribuir na recolha de dados fidedignos que ajudarão o Governo a traçar políticas claras no sector de Saúde, sobretudo para combater a doença em referência.
O inquérito está a ser realizado pelo INS, através da Delegação Provincial de Sofala, em colaboração com o Instituto Nacional de Estatística.