Teve lugar, hoje, a terceira edição do Mozambique Industrial Forum and Exhibition (Mozindus). Os intervenientes do fórum dizem ser importante o aumento da consciencialização sobre a importância da qualidade para haver maior competitividade.
Participar nas cadeias de valor globais e fornecer bens e serviços de qualidade são alguns dos principais anseios das empresas moçambicanas, em geral e das indústrias, em particular. Para chegar lá e tornar Moçambique altamente industrializado é preciso ser competitivo.
De acordo com a Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO), os desafios do país são enormes, já que em média, cada habitante moçambicano gera produtos manufacturados que equivalem a 45.4 dólares quando o requisito para se ser um país industrializado é que cada pessoa produza 2500 dólares.
É para encontrar respostas para esse diferencial que nesta quinta-feira teve lugar o fórum.
Citando o Instituto Nacional de Estatística, o vice-presidente da Associação Industrial de Moçambique, Mubarak Abdulrazac, referiu no fórum que entre os principais desafios da competitividade no país estão os altos custos operacionais, os equipamentos obsoletos, a falta de financiamento adequados à realidade do país e outros que juntam-se à COVID-19.
Um dos membros do painel de debates do Mozindus, Geraldo Albasine, Director Geral Adjunto do Instituto Nacional de Normalização e Qualidade, diz que a certificação deve ser vista como um investimento que dá maior qualidade às empresas e não um custo.
Por seu turno, a representante da APIEX, Agência para a Promoção de Investimento, Denise Amade, aponta alguns desafios para maior competitividade das empresas nacionais, entre eles, a melhoria do ambiente de negócios, o financiamento e a capacitação das empresas.
O Mozindus é realizado através de uma parceria entre a Associação Industrial de Moçambique (AIMO) e a Fundação Soico (FUNDASO), com o apoio da UNIDO, Mozal e outras entidades.