O País – A verdade como notícia

Tecnologia e infra-estruturas: a combinação ideal para Zambézia

Tecnologia – um palavra cada vez mais comum e associada ao léxico do desenvolvimento das economias modernas. Esta é a escolha de Manuel de Araújo, autarca de Quelimane, capital provincial da Zambézia, quando convidado  pel’O País Económico para tecer considerações sobre o que acha pertinente para tirar a província que o viu nascer da periferia económica no panorama nacional.

“O que nos falta de facto para que a província da Zambézia possa de facto acordar deste longo marasmo de mais de 45 anos é a questão da tecnologia e o investimento, seja nacional, seja internacional. Portanto, são estas duas grandes premissas que nos fazem falta e que é preciso que nós mostremos aquilo que temos para que consigamos atrair, tanto tecnologia, como o investimento”.

Mas os problemas da Zambézia são bem mais estruturantes, entende Lourenço Sambo, director-geral da Agência para a Promoção de Exportações (APIEX). “Estamos a falar do porto de Macuse que é um desafio; estamos a falar da própria estrada; a própria linha férrea; o próprio porto seco que são coisas equacionadas já há um bom bocado. Portanto, o maior incentivo que a Zambézia precisa, em primeiro lugar, são infra-estruturas, em termos de estradas e pontos, isso tem que acontecer”.

E para que os investimentos aconteçam, o Fundo de Estradas tem uma palavra a dizer porque é a entidade do Estado que tem o mandato de buscar investimentos para a construção de estradas e pontes. O Presidente do Conselho de Administração daquela instituição pública, Ângelo Macuácua  confirmou que dos 5 mil quilómetros de estradas que compõem a rede viária da Zambézia, apenas 22% é que são revestidas (asfaltadas), o que deixa a nu o enorme desafio existente.

“Há projectos que estão previstos para a província que vão alargar a área revestida, bem como melhorar a sua qualidade. A percentagem de estradas boas e razoáveis anda em torno de 70%”.

Do lado do sector privado, representado pelo respectivo presidente, Agostinho Vuma, fica expressa a vontade de uma parceria com o Governo baseada no princípio de ganho mútuo, mas não faltam recomendações: “na senda da descentralização defendemos defendemos que se criem infra-estruturas orientadas para a facilitação de negócios, como por exemplo, o estabelecimento de um desk informativo sobre as potencialidades e um centro de acompanhamento de projectos. A APIEX tem feito, mas achamos que se pode fazer mais”.

Partilhe

RELACIONADAS

+ LIDAS

Siga nos