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“Mãozona” do árbitro Filimão Correia originou muita contestação

Poderia ter sido o dia das decisões. Mas não foi. Muita coisa ainda pode acontecer, tanto na liderança como na despromoção. O Ferroviário de Maputo continua “no fio da navalha”, pois não pode ceder pontos, mas aguarda por eventuais deslizes da equipa de Nacir Armando para chegar ao título. Na situação inversa, dependendo apenas de si própria, a turma do Songo está claramente mais próxima de encomendar as faixas, com o “BI”  no horizonte.

A UDS sentiu-se bi-campeã nacional quando faltavam cerca de um quarto de hora para a ronda 27 do Moçambola terminar, mercê do resultado negativo que os locomotivas averbavam no Vale do Infulene, na altura um autêntico vale de lágrimas. Um golo, reconhecido unanimemente como irregular de Quelo, após uma carga sobre o guarda-redes do Textáfrica e que foi validado, gerou contestação, cartões amarelos e dificuldade em reatar a partida. Graças ao desalento fabril, retomou-se o sonho do Ferroviário, o que permitiu a reviravolta que deixa em aberto a aquisição das faixas, que ainda poderão ser encomendadas por uma das duas formações que se encontram no topo.

Ponta final empolgante

Numa altura em que o Moçambola aproxima-se do final, vão-se soltando as amarras, joga-se o tudo por tudo. Daí a emoção, as calculadoras em punho e… os golos. O calculismo ficou para trás. Exemplo disso foram os oito golos no jogo em Nampula entre o Ferroviário local e o Chibuto, num empate vivido com extrema alegria, uma vez que a turma da casa, após estar a perder por 3-0, operou um “forcing' que lhe permitiu chegar ao empate a quatro golos.
Já no diálogo dos aflitos, não houve condenação, uma vez que para os quelimanenses, mesmo derrotados pela UP de Manica, se beneficiaram com o golo de Telinho da Liga, que acabou derrotando os locomotivas de Nacala.

Na verdade, após o reatamento, o Moçambola regressou com muita emoção, mantendo aquilo que anima uma prova desta natureza: a incerteza!
Quem diria que um Maxaquene relançado no Moçambola, não conseguiria pontuar diante do Desportivo de Nacala. E que um Ferroviário da Beira “com as calças na mão” iria baquear diante de um Costa do Sol já focado na próxima temporada?
Reclamações sobre arbitragens são mais que muitas. O presidente do Textáfrica fala em roubo descarado e Uzaras Mahomed refere que há proteccionismo às formações em risco de descida e que o seu Sporting, porque já condenado, tem sido a vítima.

Sem espaço para errar

Tudo poderá ficar decidido na ronda que se segue. Ou talvez não? A partida UDS-1º de Maio, na casa deste, com interesses diferentes, vai atingir o rubro. Quelimane tudo vai fazer para se manter no Moçambola, mas o Songo já pensa nas faixas. E a disputa entre os manos locomotivas da Beira e Maputo, no Chiveve, como vai terminar? As calculadoras estarão em acção, pois os deslizes poderão ser fatais.
Cada vez mais, a calendarização das partidas para o mesmo dia e hora, para evitar jogadas de bastidores, se tornam importantes. E o reforço ao controlo às arbitragens, idem aspas!

 

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