O governo tailandês decretou estado de emergência, na madrugada de hoje, devido a protestos pró-democracia realizados esta quarta-feira em frente à Casa do Governo.
Milhares de manifestantes pró-democracia saíram às ruas do centro histórico de Banguecoque para exigir a demissão do governo e reformas para limitar o poder dos militares e da monarquia, sendo esta última uma questão altamente controversa no país, escreve o Notícias ao Minuto.
Os manifestantes pedem também a saída do primeiro-ministro, o general Prayut Chan-O-Cha, no poder desde um golpe em 2014, e legitimado por eleições polémicas realizadas no ano passado. Além disso, é exigida ainda uma modificação da Constituição, implementada em 2017 sob a junta e muito favorável ao exército.
O executivo tailandês declarou estado de emergência a fim de pôr término aos protestos, que começaram em Julho e que têm vindo a ganhar força, e de manter a paz e a ordem.
Na sequência da publicação das medidas, com efeito imediato, a polícia começou a dispersar centenas de manifestantes que passaram a noite em frente à sede do poder executivo e, segundo os advogados tailandeses para os direitos humanos, deteve pelo menos três dos líderes das manifestações.