O País – A verdade como notícia

Um transporte semi-colectivo de passageiros despistou-se e causou a morte de 24 pessoas,em 3 de Fevereiro, no distrito de Manhiça, província de Maputo. A fraca visibilidade devido a neblina é apontada como uma das causas do sinistro. Três pessoas estão no hospital em observação. 

O veículo seguia a rota Manjacaze, na província de Gaza, em direcção à província de Maputo, mas, quando chegou à zona de 3 de Fevereiro, a viatura despistou-se e entrou no rio, causando a morte de 22 pessoas no mesmo local. 

Segundo o hospital, foram socorridas cinco pessoas ainda com vida, mas duas perderam a vida no hospital. No momento, três pessoas estão em observação

Onze pessoas morreram e outras oito ficaram gravemente feridas, num acidente de viação que ocorreu por volta das 6 horas desta segunda-feira, em Maciene, no distrito de Chongoene. A polícia aponta excesso de velocidade e ultrapassagem irregular como as causas do sinistro

 

Onze pessoas morreram, nesta segunda-feira, e outras oito ficaram feridas, duas das quais em estado grave, em consequência de um acidente de viação no cruzamento de Maciene, no distrito de Chongoene, província de Gaza. A informação foi confirmada pelo Hospital Provincial de Xai-Xai.

“Dois têm traumatismo crânio-encefálico grave e um paciente com traumatismo crânio-encefálico moderado. E tivemos uma com traumatismo facial, uma criança com uma policontusão e outra ilesa. Dois pacientes serão internados nos cuidados intensivos, três serão internados no serviço de cirurgia e um terá alta. Então, destes dois, um tem mau prognóstico e estará, portanto, nos cuidados intensivos. No total, foram onze óbitos extra-hospitalares”, avançou o director do Departamento de Medicina no Hospital Provincial de Xai-Xai, Stélio Tamele.

O sinistro ocorrido por volta das 6 horas envolveu um transporte semicolectivo de passageiros, que vinha da África do Sul com destino a Massinga, na província Inhambane e, uma “carrinha de carga” que seguia o sentido Chongoene–Xai-Xai.

“Ocorrem muitos sinistros, entretanto iguais a este nunca havia presenciado antes. Há registo de óbitos, mas não sei precisar o número. Há duas crianças que saíram ilesas no Quantum que vinha da África do Sul”, revelou Marleta, testemunha residente em Maciene.

Devido à gravidade do embate, pelo menos 10 pessoas morreram no local, além de feridos, que foram imediatamente socorridos para o Hospital Provincial de Xai-Xai.

“Não sei como é que foi. Eu também estou a admirar enquanto estou aqui. O carro estava a correr. E, agora, estou mal”, disse um dos sobreviventes.

De acordo com o director do Departamento de Medicina no Hospital Provincial de Xai-Xai, Stélio Tamele, seis pacientes deram entrada nos serviços de urgências e, destes, dois estão em estado grave.

O chefe da relações públicas da Polícia da República de Moçambique, em Gaza,  Carlos Macuácua, avançou as prováveis causas do acidente.

“Recebemos um comunicado de um sinistro que envolveu um auto pesado de passageiros de marca Toyota, em serviço de transporte de passageiros na altura seguia a cidade de Xai-Xai. E, chegado no local, executou uma manobra e colidiu com um autocarro pesado de mercadoria que fazia sentido contrário. Das consequências do acidente, neste momento, estamos com dez óbitos, oito feridos,  dos quais quatro em situação clínica grave. A causa provável do acidente, consta da perícia uma ultrapassagem irregular, aliada a velocidade excessiva”, explicou.

 

ACIDENTES MATAM 66 PESSOAS EM SETE MESES EM GAZA

Os atropelamentos são a principal causa de aumento de acidentes mortais na província de Gaza, tida como uma das três províncias dos país com índices  alarmantes de mortes por sinistros rodoviários.

Só para se ter uma ideia, nove pessoas morreram por mês de Janeiro a esta parte, na sequência de 58 acidentes de viação que fizeram mais de 219 vítimas.

“66 pessoas mortas e outras 157 feridas é o rescaldo na sequência dos sinistros registados até Agosto.”

As autoridades do Instituto Nacional de Transportes rodoviários, INATRO, dinamizam, nos próximos dias, operações para mitigar os elevados índices em distritos ao longo da estrada nacional. A garantia foi dada pelo pelegado provincial do INATRO, Alfeu Macaringue.

“O trabalho que se segue nas próximas semanas vai incidir em  pontos de maior ocorrência de acidentes como são os casos de Xai-Xai, Bilene, Chongoene Limpopo” concluiu.

 

O Estádio Nacional de Zimpeto, na Cidade de Maputo, está novamente cercado por lixo. Munícipes e vendedores no local pedem ao Município que intervenha com celeridade. 

Trata-se de uma das maiores infra-estrutura desportiva do país, mas encontra-se em situação preocupante.

O Estado Nacional do Zimpeto tem sido escolhido regularmente para a realização de várias actividades desportivas nacionais e internacionais, e o seu brilho vem sendo ofuscado pelo lixo.

Acontece que há lixo depositado ao lado do Estádio e ao longo da avenida de Moçambique. O lixo exala mau cheiro, que afecta aos que vivem e vendem próximo ao local, e também  àqueles que passam por lá, para além de alterar a estética do local.

A situação que persiste desde o ano passado, preocupa os munícipes e vendedores, que revelam ser parte de alguns deles  que causam a imundice.

Face ao cenário os munícipes sugerem colocação de caixotes de lixo, e ou uma acção por parte da edilidade capaz de colocar ponto final desta problemática no local.

Ao longo da Avenida de Moçambique, por exemplo, até existem contentores de lixo, porém não são usados. Aliás, alguns estão cheios, outros vazios. 

Recorde-se que este problema não é de hoje, mas mesmo  depois da retirada de várias toneladas de resíduos sólidos  e colocação de murro pelo município para impedir a prática, as pessoas continuam a depositá-lo de forma clandestina.

Face ao cenário persistente, a nossa equipa de reportagem procurou o Município para ouvir o seu posicionamento diante da problemática, porém ainda não se disponibilizou a falar.  

A Igreja Metodista Unida de Malhangalene homenageou, hoje, Alfredo Chamusso, de 100 anos de idade, com uma biblioteca que leva o seu nome. A obra marca também os 50 anos de serviço pastoral do ancião, reconhecendo décadas de contribuição à fé e à educação da comunidade. 

Foi naquela igreja que Alfredo Chamusso deu os primeiros passos para a edificação da Igreja Metodista Unida de Malhangalene. Hoje, o ancião de 100 anos retorna ao mesmo local, desta vez numa marcha lenta que revela a grandeza de uma vida dedicada à comunidade.

Porque nunca caminhou sozinho, foi construída uma biblioteca  em sua homenagem. Um espaço físico com a extensão da sua história.

Ao contemplar a biblioteca que agora leva o seu nome, Alfredo Chamusso definiu-se como alguém que ama a família e a aprendizagem.

“Eu não me conhecia de mim  mesmo, mas através desta obra já me conheço também. Quero agradecer  aos meus filhos por este sacrifício para me fazer tirar tudo o que está no meu coração para fora. Por isso, muito obrigado meus filhos e meus netos e todos que trabalharam até haver este edifício”,  agradeceu o ancião da igreja metodista. 

As rugas no rosto denunciam o peso do tempo, mas também um homem com hábitos próprios. 

“Pela vontade de Deus, eu sou um homem que não gosta de copos. Sou um homem que gosta de ter uma mulher. Sou um pai que gosta de filhos que gostam de aprender”, disse Alfredo Chamusso.    

Para a Igreja, o gesto simboliza reconhecimento a quem, durante décadas, contribuiu não só para o crescimento espiritual da comunidade, mas também para a formação de gerações.

“A homenagem desta biblioteca é uma contribuição. É uma homenagem, principalmente, do senhor Alfredo Chamusse, um ancião que contribuiu muito para o crescimento   de toda a igreja Metodista Unida no geral, mas também desta paróquia de Malhangalene, em particular”, sublinhou Xavier Guambe, pastor da igreja 

A celebração coincidiu com o jubileu dos 50 anos de cargo pastoral, outro marco que reforça o legado de Alfredo Chamusso.

Entre cânticos, orações e memórias partilhadas, a comunidade destacou que a nova biblioteca é também uma semente para o futuro, um espaço onde o conhecimento florescerá para além da sua vida.

Dois Agentes de segurança privada foram detidos pela Polícia, na província de Tete, por suposto envolvimento no roubo de um armazém. Os indiciados são confessos e apontam para atraso no pagamento de  salários como a principal motivação.

Os dois indivíduos são agentes de  uma empresa de segurança privada e foram detidos há dias, acusados no roubo de diversos produtos  no  estabelecimento comercial onde faziam a segurança. 

Os produtos roubados estão avaliados em cerca de 1 200 000 meticais. Ainda nesta sexta-feira a Polícia também apresentou quatro jovens indiciados de matar duas pessoas, uma das quais  uma jovem de aparentemente 25 anos, assassinada na madrugada desta quinta-feira. O corpo da jovem foi encontrado numa machamba. Um dos suspeitos aceitou seu envolvimento no crime. 

A Polícia fala dos dois casos e diz ter aberto  processos crime contra os implicados. De acordo com as autoridades policiais em Tete, este é o vigésimo caso de assassinato registado neste ano.

O município de Chibuto nega prover água e energia a mais de 40 famílias que invadiram, parcelaram e ergueram casas na reserva de aeródromo e da empresa chinesa Dingsheng minerais há 7 meses. Enquanto isso, em Bilene mais de 300 vendedores contestam a ordem de embargo das obras numa propriedade supostamente pertencente à sociedade moçambicana de turismo.

São infraestruturas que ganham forma à luz do dia e roubam espaço da reserva do aeródromo de Chibuto e da Dingsheng minerais, empresa que explora as areias pesadas, na província de Gaza.

As 40 famílias, que se recusam a deixar o bairro Canhanda, são obrigadas a viver na escuridão, bem como, a percorrer mais de 10 quilómetros em busca de água, há  7 meses.

Alfredo Adriano, de 35 anos de idade, reconhece a ilegalidade do seu espaço, mas afasta a possibilidade de sair, aliás, admite que pode abandonar mas mediante condições.

O município de Chibuto diz que estas construções são um peso não programado nos planos de urbanização e, por isso, vai manter a decisão de, entre outros, não prover água e energia.

E, porque mais pessoas chegam para ocupar a área, Jacinto Ernesto alerta  para medidas mais duras a partir de Setembro próximo.

Enquanto isso, na vila turística de Bilene, a invasão de um espaço de mais de 100 hectares para construção de um mercado continua a gerar confusão, deixando mais de 300 vendedores na mira da justiça. 

O facto é volvido 7 meses após invadirem uma propriedade, supostamente pertencente à Sociedade Moçambicana de Turismo, SOTUR, um grupo de munícipes avançou com a construção de barracas no local. 

O tribunal judicial de Bilene decidiu embargar as obras para a revolta do grupo que se diz injustiçado. As autoridades municipais de Bilene, entretanto, repudiam a ocorrência e apelam ao respeito da lei.

Apesar da ordem de embargo e apelos do Município de Bilene, a comissão dos vendedores decidiu manter o decurso das obras e a tensão segue instalada.

O Governador de Tete quer que a província se torne o polo energético de Moçambique. Domingos Viola quer avanços na produção de energia fotovoltaica, por isso, esteve na EXPO 2025 no Japão, para buscar parcerias para se efectivar esta meta.

A província de Tete esteve também representada na Expo-Osaka 2025 no Japão, onde, durante uma semana, divulgou as suas potencialidades em diversas áreas, com destaque para o sector energético, que o governador, Domingos Viola, defende que deve ser mais explorado.  

Viola destaca a necessidade de se apostar mais na produção de energia fotovoltaica e de tornar Tete o pólo energético do país. Para o alcance dos objetivos, a delegação de Tete firmou parcerias com várias empresas ligadas ao sector energético. 

A província de Tete foi sucedida pela província da Zambézia, que também expõe as suas potencialidades e a delegação é chefiada pelo governador, Pio Matos.

O Ministro dos Transportes e Logística reagiu, esta sexta-feira, à notícia sobre a saída do Presidente da Comissão de Gestão da LAM, Dane Kondic, assegurando que o executivo não possui informações oficiais sobre a matéria.

“A primeira é dizer que não é verdade, nós não temos informação nenhuma. É normal, estamos num contexto de muita informação a circular, mas a nossa informação é que o Presidente da Comissão Executiva continua a trabalhar normalmente, tem um compromisso connosco com o Governo e está no exercício das funções”, afirmou o Ministro, em declarações aos jornalistas.

A reação surge após a notícia de que Dane Kondic, de dupla nacionalidade australiana e sérvia, teria pedido demissão da companhia aérea de bandeira, LAM, na sequência do término do seu contrato de três meses, no dia 14 de Agosto corrente. Segundo fontes da empresa, Kondic terá comunicado sua saída por volta das 10h00 durante uma reunião do Conselho de Direcção, levantando-se e afirmando que iria deixar o país.

O Ministro enfatizou que, até ao momento, não há confirmação oficial sobre a saída do executivo da LAM.

O Procurador-Geral da República, Américo Letela, alertou para a corrupção dentro da Polícia, classificando-a como uma prática que coloca inúmeras vidas em risco e compromete a segurança pública.

Durante uma visita à província de Inhambane, Letela reuniu-se com diversas entidades, incluindo a Polícia, e manifestou preocupação com a facilidade com que cidadãos estrangeiros obtêm documentos moçambicanos, como bilhetes de identidade e passaportes — uma vulnerabilidade que ameaça a integridade do sistema e a soberania nacional.

No encontro com os agentes da Polícia, o Procurador-Geral afirmou que a corrupção dentro da corporação fragiliza a confiança pública e mina a missão de garantir segurança e justiça.

Outra questão levantada foi a facilidade com que estrangeiros conseguem aceder a documentos essenciais, revelando falhas graves nos mecanismos de controlo e abrindo espaço para esquemas que comprometem a segurança nacional e a credibilidade das instituições.

Américo Letela estendeu a sua missão às penitenciárias, tribunais e procuradorias da província, com o objetivo de avaliar de perto as fragilidades do sistema de justiça e assegurar que as instituições funcionem com rigor e transparência.

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