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O presidente do Município da Beira, Albano Carige, e o governador de Sofala, Lourenço Bulha, apelaram, nesta quarta-feira, aos munícipes para, independentemente das suas crenças políticas, estarem unidos na construção de uma cidade cada vez mais segura, solidária e coesa. Os dirigentes defenderam a união de todos para a melhoraria da qualidade de vida dos citadinos.

20 de Agosto é um dia especial para os cidadãos da Beira. É que, nesta data, se celebra o aniversário de elevação à categoria de cidade. Neste ano, no meio de desafios, a cidade da Beira completa 118 anos. Por ocasião da efeméride, realizou-se, nesta quarta-feira, uma cerimónia marcada por um desfile no qual funcionários e parceiros do município evidenciaram as suas actividades. O momento, diga-se, foi marcado por actuações culturais.

No discurso de ocasião, o edil da Beira, Albano Carige, pediu a todos os citadinos desta urbe para permanecerem cada vez mais unidos, colocando, desta forma, de lado as crenças políticas e respeitando as ideias contrárias, factos que podem contribuir para o crescimento da cidade.

“Nós comprometemos-nos a ‘djimar’ com todos, independentemente das cores partidárias, religião e aquilo que cada um faz. Queremos,  aqui e agora, agradecer a entrega dos funcionários do Conselho Municipal da Beira  que, acima de tudo,  acreditam que juntos podemos continuar a fazer diferença e maravilha na governação autárquica. Para continuarmos a lograr sucesso nos próximos anos, convidamos todos a sermos unidos, saber conviver com a diferença em todas as vertentes”, destacou Carige.

Por sua vez, o governador de Sofala, Lourenço Bulha, começou por felicitar os munícipes e, depois, garantiu que o Govenro central continuará a apoiar o município na construção de edifícios cada vez mais resilientes.

Bulha apelou, ainda, aos municípes para unirem esforços para o desenvolvimento da cidade da Beira.

“Apelamos a todos para serem mais unidos na diversidade, apesar das nossas diferenças ideológicas, políticas e religiosas. Para nós, o mais importante é o respeito mútuo e cada um cumprir com as suas responsabilidades e atribuições que lhe são conferidas para o bem-estar dos munícipes da cidade da Beira.”

Na ocasião o edil da Beira, acompanhado por vários munícipes que completaram anos nesta data, cortou um bolo gigante.

A cerimónia foi marcada, por outro lado, por um desfile em que os funcionários e parceiros do município exibiram as suas actividades.

Actuações culturais encerraram oficialmente a efeméride. A Beira é uma cidade portuária situada na província de Sofala, na região central do país. É um importante centro económico, com o segundo maior porto marítimo de Moçambique para transporte internacional de cargas, depois de Maputo.

A cidade está em crescimento, com novas construções e desenvolvimento em áreas que antes eram consideradas marginais.

Realiza-se amanhã, às 09 horas, na Cidade de Maputo, o funeral de Francisco Carrilho, co-fundador e sócio do Grupo Soico. O empresário morreu na África do Sul, vítima de doença e os restos mortais chegaram na manhã de hoje em Maputo.

Entre abraços de consolo a quem está desolado, sem chão e que volta ao país depois de perder seu ente querido para a morte, no estrangeiro, vítima de doença.

Esposa, filhos, irmãos e demais familiares, que estiveram ao lado de Francisco Carilho nos últimos minutos na batalha pela vida, saíram pela porta dos passageiros do Aeroporto Internacional de Maputo, mas sem ele…

Francisco Carrilho morreu na quarta-feira da semana passada, na vizinha África do Sul e esta quarta-feira os seus restos mortais chegaram a Maputo. 

Familiares, amigos, a administração do Grupo Soico, colegas e companheiros da vida estiveram lá para testemunhar o momento e dar o seu ombro à família…o ambiente era desolador.

Os abraços tentavam atenuar a dor da perda, as mãos limpam as lágrimas que teimavam em cair nos olhos e um copo de água para acalmar o espírito e o coração. 

É o princípio do último adeus ao co-fundador do Grupo Soico, cujas cerimónias fúnebres estão marcadas para esta quinta-feira. 

“Haverá uma missa de corpo presente às 09 horas, na Igreja Santa Ana da Munhuana e esperamos sair dali às 11 horas para o cemitério de Lhanguene, no crematório Hindu”, informou João Carrilho, irmão do falecido. 

De seguida, os familiares mais próximos foram ao Aeroporto Internacional de Maputo receber os restos mortais de Francisco Carrilho.

Depois disso, o carro da agência funerária, contendo a urna de Carrilho, seguiu em cortejo fúnebre até à morgue anexa ao Hospital Central de Maputo, onde o corpo foi conservado. Por lá , os abraços de consolo não cessaram. 

Francisco Carrilho foi co-fundador e sócio do Grupo Soico e perdeu a vida aos 78 anos de idade. O falecido deixou viúva, dois filhos e netos. 

O conflito homem-fauna bravia está a preocupar as autoridades do Distrito de Macossa, na Província de Manica. Só este ano, 23 pessoas foram atacadas por animais selvagens e, destas, três perderam a vida.

A preocupação foi manifestada pela administradora do distrito, Teresa Duque, que apontou a crescente frequência dos ataques, apontando os hipopótamos como os principais responsáveis. Segundo explicou, a maioria das vítimas foi atacada enquanto trabalhava nas machambas situadas em zonas baixas e próximas de cursos de água, áreas que também são habitat natural desses animais.

Como resposta, Teresa Duque adiantou que estão a ser equacionadas soluções a nível local para mitigar o problema e garantir a segurança da população, sem comprometer a sua sobrevivência.

Agora a população de Macossa está num dilema grave. De um lado, a necessidade urgente de garantir segurança alimentar; do outro, o perigo constante de ataques por animais bravios.

 

Falta de material de trabalho e sobrecarga horária,  falta de subsídios, injustiças discrimação são algumas das queixas dos enfermeiros apresentadas, esta quarta-feira, ao Ministro da Saúde. Ussene Isse diz estar ciente dos problemas e promete soluções. 

Não é de hoje que os enfermeiros se queixam de desvalorização da classe e injustiças no sector laboral. 

Os profissionais, que têm o dever de manter o primeiro contacto com os pacientes e ajudar a salvar vidas, dizem que vezes sem conta têm sido sobrecarregados, o que compromete a qualidade dos serviços. 

“Nós somos pisados, humilhados, além disso, os médicos olham para nós como empregados. Praticamente não temos subsídios, mas estamos sempre em prontidão para  exercer as nossas funções com amor. Não queremos nos comparar com os médicos, mas alguns destes  quando chegam às unidades sanitárias de manhã, até às 10 desaparecem ”, explicou André Chau, Enfermeiro.

Esta quinta-feira, a classe reuniu-se com o ministro da Saúde,  Ussene Isse, que saiu do gabinete para ouvir as suas preocupações. 

Maria Massinga lamentou o facto de “os enfermeiros não fazem só o seu trabalho, atropelam outros serviços. O enfermeiro é que está nos centros de saúde mas mesmo assim humilham-nos”. 

Outra preocupação é com o rácio enfermeiro-paciente. Os profissionais de enfermagem dizem atender, por dia, pacientes acima da média  que deviam. 

“Agradeceria que se melhorasse o rácio entre o número de pacientes para um enfermeiro, porque a assistência chega a não ser de qualidade. Um enfermeiro está para 30 pacientes numa enfermaria, isso não é saudável.” 

A questão do transporte e alimentação fazem parte das queixas da classe, pois, segundo contou Sara António, “há transporte até para o ministério da Saúde mas não são para todos os profissionais”. 

Além disso, querem também progressos de carreira. 

“Senhor ministro, estou a exercer as funções de enfermeira há nove anos, estou a pedir voltar à escola mas não consigo ser descontada por isso”.

O ministro da Saúde disse reconhecer que os problemas existem. 

“Há problemas de mudanças de carreira…de continuação de estudos, há problemas de atraso de pagamento de alguns subsídios, falta material médico cirúrgico, medicamentos, uma série de problemas que temos no sector”, disse Ussene Isse. 

A falta de material médico-cirúrgico, até de luvas e máscaras é outra preocupação que Isse promete trazer soluções.  

“Nós temos que garantir melhores condições para atender ao público. temos que resolver alguns problemas urgentes, temos dívidas com fornecedores de material médico-cirúrgico, medicamentos, reagentes e não é pouco. Entretanto, há uma resposta positiva no sector da saúde”. 

Em contrapartida, Ussene Isse condena o roubo de equipamentos e exige atendimento humanizado. 

“Temos que combater os colegas que não estão na nossa agenda, há alguns que só sabotam e roubam”. 

O ministro da Saúde diz que vai ser intolerante, não só contra os casos de mau atendimento nas unidades sanitárias mas também injustiças contra os enfermeiros.

Na manhã desta quarta-feira, chegaram à Cidade de Maputo os restos mortais do co-fundador do Grupo SOICO, Francisco Carrilho. Familiares e amigos estiveram no Aeroporto Internacional de Maputo para receber a urna.

O velório do empresário está marcado para esta quinta-feira, na Igreja Santa Ana da Munhuana, às 9 horas. Depois, às 11h30, a cremação do corpo será no Cemitério de Lhanguene, na Cidade de Maputo. 

Francisco Carrilho perdeu a vida aos 78 anos de idade, na passada quarta-feira, vítima de doença, numa unidade hospitalar na África do Sul.

Dezenas de cabritos, bois e burros circulam diariamente pelas principais ruas e avenidas da cidade de Tete sem acompanhamento dos donos. A situação embaraça o fluxo normal de trânsito, sobretudo nas horas de maior movimentação populacional. 

Nas  primeiras horas e no fim do dia, é normal verem-se esses animais a circularem pelas estradas da cidade de Tete e outros locais públicos, muitas vezes em busca de pasto. Os bairros preferidos pelos animais são Samora Machel, Filipe Samuel Magaia, Mateus Sansão Muthemba e Josina Machel.

Também é possível ver, quase sempre, o uso de veículos de tracção animal transportando areia nas principais ruas e avenidas da cidade.

O edil de Tete, César de Carvalho, diz conhecer o problema e esclarece que a postura urbana proíbe a circulação de animais em espaços públicos. Ou seja, o trânsito de animais na via pública, quer em manada, quer em número reduzido, deve obedecer às regras, sendo igualmente obrigatório o seu acompanhamento pelos pastores.

De Carvalho determina o prazo de sete dias para que os donos desses animais possam velar pelos mesmos. Caso contrário, serão considerados vadios e assim apreendidos para o abate e distribuição.

César de Carvalho falava à margem de uma visita de trabalho ao bairro Matundo, cujo objectivo era divulgar o plano de desenvolvimento autárquico.

O Conselho Municipal de Maputo (CMM) reuniu-se, na manhã desta terça-feira, 19 de Agosto, com os vendedores informais da baixa da cidade, com o objectivo de garantir a organização dos espaços públicos e melhorar a mobilidade e segurança dos pedestres.

Na ocasião, o vereador das Actividades Económicas e Turismo, Alexandre Muianga, exortou os vendedores informais a não desenvolverem as suas actividades em locais impróprios, como nas bermas da estrada, pendurar artigos de venda nas árvores, nos sinais de trânsito, nos sombreiros, postes de iluminação e nos postos de transformação de energia.

Por outro lado, Alexandre Muianga pediu aos vendedores informais que sejam mais cautelosos e organizados na forma como realizam as suas actividades, para não criarem situações em que os munícipes, que também são seus clientes, sejam prejudicados ou estejam sujeitos a verem os seus pertences desaparecidos.

Os vendedores informais prometeram melhorar as actividades, respeitando as posturas municipais, mas também pediram respeito e alguma dignidade, realçando que realizam naquele local as suas actividades como forma de garantir sustento para as suas famílias.

A Empresa Municipal de Saneamento e Drenagem, EMSD, concluiu a obra de manutenção da rede de saneamento na Avenida Mártires de Mueda, na Cancela da Ponta Vermelha, que havia registado um desabamento.

Os trabalhos incluíram escavações no ponto crítico identificado, onde ocorreu assentamento, e resultaram na substituição de um troço degradado do colector, com quatro metros de extensão em PVC-M, interligado à infra-estrutura existente.

Após a intervenção, foram repostas as camadas da estrada, incluindo sub-base e base, estando pendente apenas a execução da resselagem asfáltica, que será realizada pela EMIM. Actualmente, o tráfego no local já se encontra transitável, garantindo a normalidade na circulação viária.

 

Moçambique regista actualmente um cumulativo de 16 casos activos de Mpox nas três regiões do país, nomeadamente nas províncias de Niassa, no Norte, Manica, no Centro, e Maputo, no Sul, com a recuperação de 22 pacientes.

A informação foi avançada nesta terça-feira, em Maputo, pelo Técnico da Direcção Nacional de Saúde Pública (DNSP), no Ministério da Saúde (MISAU), Gildo Nhangave, no programa “Café da Manhã” da Rádio Moçambique.

Gildo Nhangave assegurou que todas as províncias do país dispõem actualmente de capacidade laboratorial para o diagnóstico da Mpox.

De acordo com Gildo Nhangave, a recuperação dos pacientes resulta do diagnóstico precoce da doença, apontando o reforço da vigilância activa como forma de evitar novos casos de infecção.

“Entre os 38 casos que foram confirmados positivos pelo laboratório, 22 já estão recuperados, o que significa que a Mpox é uma doença igual às outras. Se nós seguirmos aquilo que são as orientações das autoridades de saúde, seguirmos as medidas de prevenção, podemos, sim, registar as melhorias, a vigilância não deve parar”, disse o Técnico da Direcção Nacional de Saúde Pública.

Por outro lado, Nhangave acrescentou que “uma das formas de prevenção da doença é buscar pacientes que apresentem sintomatologia similar e o laboratório vai nos dizer se estamos perante a circulação deste agente, deste vírus da Mpox”.

Para já, e no âmbito da vigilância, as autoridades de saúde estão a reforçar a prevenção da doença, sobretudo na província de Niassa, que regista o maior número de casos activos.

“Temos estado a fazer encontros transfronteiriços com a nossa contraparte do Malawi, mas também da Tanzânia, estes primeiros casos foram notificados no mês de Julho corrente. A razão principal foi o esforço conjunto entre os países da região”, disse Gildo Nhangave, acrescentando ainda que “ao nível do sector de saúde, temos comités de vigilância transfronteiriça”, sendo esses comités os que permitem informar sobre a ocorrência de qualquer situação anormal em relação à saúde na linha de fronteira.

“Foi a partir destes comités que tomamos conhecimento da entrada de pacientes com características clínicas sugestivas à Mpox”, realçou o técnico da Direcção Nacional de Saúde Pública.

Gildo Nhangave disse ainda, no programa a que foi convidado, que Moçambique aguarda a resposta da Organização Mundial da Saúde (OMS) ao pedido formulado em relação à disponibilidade de vacinas contra a Mpox.

“Temos fortes garantias de que o país irá beneficiar-se daquilo que são as vacinas, estamos a fazer de tudo para que a vacina chegue no país, dependendo de evoluir da situação epidemiológica, ela pode chegar mais cedo ao país”, afirmou.

Nas últimas 24 horas, houve registo de um novo caso suspeito, da província do Niassa. Uma amostra foi processada e testou negativo para Mpox. Os dois pacientes da província de Manica tiveram alta.

A fronteira de Machipanda voltou a registar enchentes de camiões fora do comum nos últimos dias. As filas chegam até a cidade de Manica, a quase 16 quilómetros de distância. Sobre o assunto, as autoridades alfandegárias fecham-se em silêncio enquanto os utentes pedem solução imediata.

É caso para dizer que uma viagem pela Estrada Nacional nº 6, que liga a cidade da Beira a fronteira de Machipanda, só se torna confortante devido às boas condições da via. No entanto, o stress começa a partir do distrito de Manica, com enchentes de camiões que pretendem atravessar para o vizinho Zimbabwe. Automobilistas são obrigados a seguir viagem em contra-mão.

Os utentes, sobretudo camionistas que atravessam para o Zimbabwe e os países do hinterland, pedem solução para o problema.

“Estamos cansados de filas, cansados mesmo. Não sabemos o que está a acontecer, se é problema do Zimbabwe ou das Alfândegas, mas as filas inquietam-nos”, disse um dos utentes.

Outro utente referiu que a situação é derivada da demora no processamento da documentação no lado moçambicano da fronteira de Machipanda, até mesmo porque “no vizinho não temos documentos que nos fazem demorar, porque nós só passamos o TIP, carimbamos o nosso passaporte e atravessamos”, disse.

A situação das enormes filas de camiões complicam a vida de muitos automobilistas, que chegam a ficar dias para atravessar a fronteira. “São dois dias na bicha, e para além disso chega aqui também, você apanha multa atrás de documentos e não sei o quê outras coisas. Você tem que ficar dois dias no porto da Beira”, reclamou um dos automobilistas.

O assunto de enchentes na fronteira de Machipanda, segundo os automobilistas, está a ser levado de ânimo leve, até porque tem estado a contribuir, nos últimos dias, para a ocorrência de acidentes de viação, segundo revelam os utentes.

“Eu, de noite, quase entrei na vala, mas tenho que continuar a esperar para poder viajar e chegar na fronteira para ir a Harare. O cliente, basta dizer que tem que sair, eu tenho que sair. E porque há muita pressa, isso acaba provocando acidentes. Mas é preciso evitarmos isso”, disse. 

Recentemente, o presidente zimbabweano passou pela fronteira de Machipanda e viu enchentes de camiões do lado moçambicano, que perfaziam cerca de 13 quilómetros. Emmerson Mnangagwa interagiu, por causa desse mesmo assunto, com as autoridades alfandegárias dos dois lados, mas volvidos cerca de 10 dias, nada mudou no terreno.

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