Os hospitais na Faixa de Gaza estão “à beira do colapso”, segundo alertou, ontem, o Ministério da Saúde do grupo islamita Hamas, que controla a Faixa de Gaza, citado pela RTP.
De acordo com a fonte, o sistema de saúde do enclave “atingiu a pior fase da sua história devido ao bloqueio imposto por Israel”.
O Ministério da Saúde avisou que os hospitais estão a ficar sem recursos, incluindo reservas de combustível, pelo que vão ficar sem energia e com as instalações sobrelotadas devido ao elevado número de mortos e feridos.
Pelo menos 57 palestinianos morreram esta terça-feira de manhã, na sequência de novos bombardeamentos das Forças de Defesa de Israel contra as cidades de Khan Younis e Rafah, no sul da Faixa de Gaza.
Os ataques a residências e a um posto de gasolina em Khan Yunis deixaram até agora 23 mortos e 80 feridos, indicou a agência de notícias palestiniana Wafa.
Em Rafah, 30 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas depois de o exército israelita ter bombardeado edifícios residenciais, de acordo com fontes palestinianas, estando ainda a decorrer operações de resgate.
Também em Gaza, um jornalista palestiniano morreu num ataque israelita a um local perto da sua casa, no bairro de Sheikh Radwan, elevando para 20 o número de jornalistas mortos desde o início da guerra, em 7 de outubro.
Pouco depois, o jornal palestiniano Filastin, ligado ao Hamas, anunciou a recuperação de dois corpos dos escombros de Khan Yunis e de três em Rafah.
Entretanto, o escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários anunciou esta madrugada a morte de seis funcionários da Agência da ONU para os Refugiados Palestinianos (UNRWA), o principal organismo de ajuda humanitária que ainda pode trabalhar em Gaza.
Isto eleva para 35 o número de funcionários da UNRWA mortos desde o início da guerra entre Israel e o Hamas.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, lamentou estas mortes e disse estar ao lado dos funcionários “que estão a fazer tudo o que podem para ajudar quem mais necessita”.