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Governo já não sabe se vai avançar com o subsídio ao passageiro

O ministro dos Transportes e Comunicações diz que o Governo já não sabe se vai ou não proceder à proposta de subsídio ao passageiro e que a decisão final vai depender do custo de vida. A FEMATRO diz que se a compensação aos transportadores não continuar, vai agravar a tarifa dos transporte de passageiros.

Em Julho, o Governo garantiu que iria compensar, primeiro, os transportadores e subsidiar, depois, subsidiar o passageiro para aliviar o custo do transporte. A primeira proposta até foi e ainda está a ser implementada, mas, em relação à segunda, reina, agora, uma incerteza.

“Dezembro é o último mês em que este arranjo (compensação aos transportadores) tem fim; depois vamos sentar-nos com o Governo para ver qual é a situação actual, se os combustíveis continuam altos ou a situação mudou e, na base disso, vamos decidir como continuar a desempenhar o nosso papel dentro do contrato social que temos com a sociedade”, revelou Mateus Magala, ministro dos Transportes e Comunicações.

Mateus Magala explica que, caso o Governo avance com os subsídios ao passageiro, a ajuda será dada apenas às classes vulneráveis.

“O que é certo é que alguns grupos mais vulneráveis, como os idosos, os estudantes e deficientes, vão continuar a beneficiar-se do subsídio”, garantiu o governante.

Em relação à compensação aos transportadores, a Federação Moçambicana das Associações dos Transportadores Rodoviários (FEMATRO) diz que, caso a medida não continue, o preço do transporte de passageiros vai subir nos próximos meses.

“Que se pronuncie o próprio Governo, ou se continua com o subsídio ao passageiro por meio do transportador ou nós agravamos a tarifa em sete Meticais que foram acordados e aprovados pela Assembleia Municipal de Maputo, uma das duas hipóteses deve acontecer”, frisou Castigo Nhamane, presidente da FEMATRO.

A agremiação diz também que a compensação aos transportadores não obedeceu aos requisitos que pudessem satisfazer os operadores.

“O valor a ser compensado pela capacidade de cada meio não nos agrada, porque o justo seria exactamente o subsídio ao passageiro transportado por dia, mas não é o que está a acontecer. Encontrou-se uma fórmula que compensa os transportadores em função da lotação”, lamentou o presidente da FEMATRO.

As intervenções foram feitas à margem do quadragésimo Conselho Coordenador do Ministério dos Transportes e Comunicações, com a duração de dois dias, que visa, entre várias medidas, decidir sobre o futuro do transporte público de passageiros no país.

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