Sessenta reclusos serão alfabetizados a partir da próxima semana no Estabelecimento Penitenciário Preventivo, na capital do país. Para o efeito terminou esta sexta-feira a formação dos alfabetizadores, que incluem também alguns reclusos.
Entre os alfabetizadores está Ema Tembe presa a cerca de 2 anos para cumprir uma pena de 4 anos por furto de algo que preferiu não revelar.
Jurista de profissão, Ema passará a exercer uma das actividades que mais gosta de fazer desde a sua adolescência: ensinar a escrever e ler.
Para Ema a sua inclusão na lista é um sinal de que apesar do crime que cometeu ainda é valorizada pelas autoridades.
À lista dos alfabetizadores junta-se Zófimo Muiane, viúvo da Valentina Guebuza, que olha para o projecto de alfabetização como uma oportunidade e um compromisso.
Ao todo são 17 alfabetizadores dos quais sete são reclusos e que esta sexta-feira terminaram sua capacitação em matérias didáticas. O acto faz parte de um projecto desenvolvido pelo ministério da Edução e Estabelecimento Penitenciário Preventivo.
O Estabelecimento Penitenciário Preventivo torna-se desta forma o primeiro ao nível do país a ter um centro de alfabetização para reclusos.