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Município de Maputo só vai intervir na lixeira de Hulene em 2023

O Município de Maputo só vai intervir na lixeira de Hulene no próximo ano. A informação consta do plano de actividades para 2023, que foi, hoje, aprovado pela Assembleia Municipal. As bancadas da Renamo e MDM votaram contra a proposta.

Da lista de actividades para 2023, apresentada à Assembleia Municipal, constam ainda a construção do Galpão 2 do Mercado Grossista do Zimpeto, a construção da estrada de subida de Chamissava ao Centro de Saúde de Incassane, na KaTembe e a elaboração de estudos para o Projecto Executivo e a construção do edifício da Assembleia Municipal.

O documento foi avaliado, porém não reuniu consensos. A Frelimo, bancada com maior representação, votou a favor. A Renamo e o Movimento Democrático de Moçambique (MDM) votaram contra e justificaram as suas decisões.

“O documento não apresenta soluções claras para os problemas candentes que afligem os munícipes da Cidade de Maputo, nomeadamente, o crónico problema de transporte público urbano de passageiros, nem sem se apresenta estratégia para resolver o mau funcionamento dos poucos existentes, muito menos para o problema, cíclico de inundações suburbanos, com destaque para os bairros de costa do sol, Magoanine A e B, MAxaquene C e Chamanculo”, disse Elísio Freitas, deputado do MDM.

O MDM diz que esperava ainda ver, na lista, projectos direccionados à juventude, emprego e redução da pobreza, principalmente por ser o último para o presente quinquénio.

A Renamo diz que o documento é vazio e não apresenta perpectivas de mudança. Para o partido, trata-se de mais uma lista de metas que, na prática, não serão realizadas, muito menos alcançadas, no tempo previsto.

Segundo o deputado da Renamo, Pedro Salvador, o instrumento não contempla as actividades planificadas e não realizadas nos últimos três anos da implementação do plano municipal de desenvolvimento 2019-2023.

“A prática tem demonstrado falta de rigor na aplicação do dinheiro orçado para investimentos, e há exemplos de actividades cujo orçamento foi aprovado nesta Assembleia, mas, no concreto, nada tem sido aplicado, para viabilizar projectos que têm impacto na vida dos munícipes”, explicou Salvador.

Já a Frelimo, que votou a favor, diz que este é mais um voto de confiança para a edilidade, tendo em conta “o esforço visível” que tem empreendido para o alcance dos objectivos traçados.

“O plano de actividades que acabamos de aprovar servirá de instrumento orientador para o alcance dos objectivos preconizados na elevação do grau de participação dos munícipes no desenvolvimento cultural e sociocultural”, defendeu Carlos Bembele, deputado da bancada municipal da Frelimo

Para a execução destas actividades, a Edilidade apresentou uma proposta de orçamento de mais de seis mil milhões de Meticais. A proposta foi aprovada, apesar dos votos negativos das bancadas da Renamo e MDM.

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