Os concorrentes para o MozGrow Award fizeram esta tarde, no MozGrow Business challenge, a apresentação dos seus projectos que serão julgados por um total de cinco juros. As categorias apresentadas foram, jovens emprendedores no agronegócio, categoria inovação, e BCI boas práticas.
A primeira categoria a fazer a sua apresentação foi a de jovens empreendedores e coube a representante da Dzimene que se dedica a distribuição de vegetais e frutas, a fazer a sua apresentação.
A Dzimene começou por fornecer seus produtos a restaurantes e em 2016 registou a empresa como uma sociedade.
“Os desafios que encontramos são vários, um deles é de fornecer produtos frescos aos nossos clientes e competir com os produtos sul-africanos”, disse
A fragmentação de cadeias de valores é um dos problemas encontrados pela associação, uma vez que, como explicou Eulália a cadeia de valores de Moçambique está muito fragmentada e por isso o produto tem uma baixa competitividade em relação aos produtos sul-africanos.
Outra associação que concorre para o MBC é a Crimas Agro Florest que se dedica a produção e venda de mudas para a massificação agro-florestal. De acordo com o representante, a produção das mudas tem como base dotar o agricultor de ferramentas e capacidade para fazer uma agricultura sustentável.
“A ideia é fazer com que o agricultor a curto e médio prazo possa ser sustentável e colocar no mercado produtos em tempo razoável e poder disponibilizar frutas para a comercialização”, explicou.
Categoria inovação
Mathária empreendimentos que dedica-se a produção de produtos a base de moringa, que concorre para a categoria inovação lançou um novo produto denominado “Super alimentos” como forma de ajudar a combater os problemas de má nutrição
“As pessoas tomarem consciência de que se alimentar como deve ser é fundamental para ter um nível de vida saudável”, explicou Alexandre Santos, representante da Mathária.
Santos disse que o objectivo da empresa é de vender 7200 unidades por mês, é para isso vão se dedicar a exportação, e também conseguir a certificação.
Ainda na categoria inovação Salomão cossa, representante da produção hidropónica de hortas verdes, dedica a produção de horticultas num sistema que não usa solo, disse que actualmente a empresa produz 7200 plantas e que para além da alface iniciaram com a produção da salsa e coentro.
Cossa falou das práticas que a empresa implementa para garantir a qualidade dos produtos como manuseio de estufa, manuseio de equipamento hidráulicos/solução nutritiva, manuseio de plantas/ciclos de produção e comercialização.
Categoria BCI boas práticas
Alberto Landinho, presidente da associação cintura verde de Zóbué composta por 25 membros dos quais 13 homens 12 mulheres, explicou que a associação dedica-se a produção de hortícolas tais como, tomate, repolho entre outras.
Landinho falou das técnicas de produção usadas na associação que são a agricultura de conservação, uso de cama de frango e uso de adubos orgânicos.
O presidente deu a conhecer os constrangimentos que a associação encontra para produção e venda dos produtos, falta de transporte para escoar produtos, falta de sala de processamento de vegetais, falta de loja de venda de insumos agrícolas e fraco conhecimento técnico para o controle e combate a novas pragas.
O último concorrente Pedro Abril, representante do projecto Aprofrangos-RBF Nhamitsatsi, que se dedica a produção de frango de corte, partilhou a sua experiência contando que o seu projecto começou com um capital de 87 mil meticais. A empresa começou com a criação de 500 pintos, e hoje a família tem uma renda de cerca de 800 mil meticais.
Como todos outros a associação familiar também encontrou alguns constrangimentos na produção de frango como o elevado custo de produção, falta de matrizes dos fornecedores e criadores de frango, falta de matadouro e surgimento de muitos pequenos criadores de frangos.
Os três grandes vencedores serão conhecido hoje no Award.