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Sentença dos delegados políticos do MDM adiada para 17 de Outubro

O juiz Tomé Valente, da primeira secção do Tribunal Judicial da Cidade da Beira, adiou para 17 de Outubro a leitura da sentença do caso que envolve os dois delegados políticos do MDM acusados de sequestro e prisão formalmente irregular. O pedido de adiamento foi feito pelo Ministério Público.

Era pouco depois das 9h30 e a sala de audiências do Tribunal Judicial da Cidade da Beira já estava preenchida. No primeiro banco dos réus estavam Marcelino José Manhazo, delegado político do MDM na província de Sofala e Picardo Pedro Sola, delegado do mesmo partido, para a cidade da Beira, e do banco do lado direito o colectivo de advogados.

A seguir, entrou o juiz Tomé Valente, sentou-se à sua mesa e disse, num tom humorístico, que tinha notícia que ia correr o mundo, mas depois folheou o volume de papéis que quase lhe taparam o rosto, para depois dizer que “está adiada a leitura da sentença a pedido do Ministério Público, voltamos a esta sala no dia 17 de Outubro, terça-feira.”

O colectivo de advogados representados por Eliseu de Sousa mostrou-se surpreso com o adiamento.

“Estou surpreendido com este anúncio e não conheço o teor do pedido do Ministério Público”, disse.

Já a magistrada do Ministério Público, Edimelcia Zandamela, que habitualmente acompanha o caso, não esteve presente no tribunal até à altura em que a reportagem do “O País”  abandonou o tribunal.

Os dois políticos são acusados de sequestrar um jovem que supostamente esteve na via pública no bairro da Munhava, a recolher números de cartões de eleitor de cidadãos. E depois foi levado e apresentado publicamente num comício do MDM, que decorria na zona conhecida por  “passagem de nível”.

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