O Governo senegalês estabeleceu 24 de Março como a nova data para as eleições presidenciais adiadas no país. O Conselho de Ministros anunciou também a dissolução do Governo e a nomeação de um novo primeiro-ministro.
A decisão foi tornada pública nesta quinta-feira pelo conselho de ministros senegalês que também anuncia a dissolução do actual Governo incluindo o presidente da república Macky Sall.
O Conselho Constitucional havia rejeitado a decisão do Sall que propunha o adiamento do escrutínio para mais 10 meses, facto que provocou tumultos em todo o país.
No dia 24 de Março em curso, os mais de 17 milhões de senegaleses serão chamados as urnas para a eleição do sucessor do actual presidente, impedido de concorrer devido aos limites de mandato.
Internamente as medidas do Sall foram denunciadas como um golpe de Estado constitucional pela oposição e por grupos da sociedade civil.
O mesmo conselho constitucional rejeitou uma proposta de representantes civis, políticos e líderes religiosos que pediam que a eleição fosse realizada a 2 de Junho. Entretanto, a autoridade eleitoral do Senegal, que tem agora menos de três semanas para se preparar para as eleições, não emitiu imediatamente qualquer declaração pública sobre a nova data.
Sall já veio ao publico informar que vai abandonar o cargo no próximo dia 2 de Abril data prevista para seu mandato terminar, mas havia preocupações sobre quem iria substituí-lo se as eleições não fossem realizadas antes disso.