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O ex-presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, será novamente julgado, em Março, na segunda acusação do caso Lava-Jato, processo no qual é acusado de receber vantagens ilícitas da construtora Odebrecht.
Segundo avança O Globo, a segunda decisão do juiz Sérgio Moro deve ser proferida em data próxima ao encerramento do caso tríplex, no qual foi condenado a 12 anos de prisão.
A acção foi recebida no fim de 2016. A acusação trata de um prédio de 12 milhões de reais, comprado pela Odebrecht na zona sul de São Paulo para abrigar a sede do Instituto Lula. Além disso, também se refere à cobertura vizinha ocupada hoje por Lula em São Bernardo do Campo, que era alugada pelo governo federal durante o período em que ele foi presidente.
Segundo o Ministério Público Federal, quando Lula deixou a presidência, a Odebrecht comprometeu-se a adquirir o imóvel para doá-lo e utilizou como ‘laranja’ um primo do amigo de Lula.
Os procuradores argumentam que os recibos apresentados pela defesa de Lula foram produzidos com o único objectivo de fingir que o aluguer foi pago. O Ministério Público sustenta que os documentos apresentam datas que não existem no calendário, como 31 de junho, e mais de um recibo foi com a mesma data.
Ao longo do processo, foram recolhidas todas as assinaturas no mesmo dia, enquanto o empresário estava internado no hospital. A acusação ainda diz que as provas reunidas até agora mostram que a família Lula não pagou pelo aluguer, no entanto, a defesa afirma que o apartamento foi alugado pela família Lula em 2011 e que os alugueres foram pagos.
