A Semana de Alto Nível da Assembleia-Geral da ONU tem início esta segunda-feira, em Nova Iorque, trazendo para o centro das atenções a guerra em Gaza e os desafios que ameaçam o multilateralismo, num momento em que a organização celebra o seu 80.º aniversário.
A abertura será marcada por encontros de grande relevância, incluindo uma reunião especial dedicada às oito décadas de existência das Nações Unidas. Líderes mundiais vão analisar as conquistas alcançadas desde 1945 e discutir caminhos para fortalecer um sistema multilateral mais inclusivo, ágil e capaz de responder rapidamente às crises globais. A necessidade de acelerar a implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e de reforçar a cooperação internacional também figura como prioridade.
Um dos momentos mais aguardados acontece ainda na segunda-feira, com a Conferência para a Solução de Dois Estados, organizada pela França e pela Arábia Saudita. Durante o encontro, vários países — entre eles França, Reino Unido, Canadá, Bélgica e Austrália — devem formalizar o reconhecimento do Estado da Palestina. Portugal já anunciou, na sexta-feira, que oficializa igualmente esse reconhecimento. O secretário-geral da ONU, António Guterres, participará do evento.
Na terça-feira, tem início o tradicional debate geral da Assembleia-Geral, que contará com a presença do Presidente norte-americano Donald Trump. Este será o seu quinto discurso no fórum e o primeiro desde o início do segundo mandato. Em 2017, na sua estreia, Trump chegou a declarar que os EUA poderiam “destruir totalmente a Coreia do Norte” caso fossem provocados. Desta vez, cresce a expectativa sobre as mensagens que levará ao plenário, sobretudo após meses de cortes expressivos no orçamento norte-americano destinado às Nações Unidas.
Como manda a tradição, o Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, será o primeiro a falar, seguido por Trump.

