Um ataque de Israel matou seis jornalistas, na Cidade de Gaza. De acordo com Al Jazeera, a morte dos jornalistas é uma tentativa desesperada de silenciar vozes corajosas antes da ocupação daquele território.
O ataque no qual algumas das vozes mais corajosas na difusão de informações sobre o conflito Israelo-palestiniano foram silenciadas decorreu na noite deste domingo, e foi confirmado pelo hospital Al-Shifa.
O Exército israelita afirmou ter atacado e matado o repórter Anas Al-Sharif, acusando-o de liderar uma célula do Hamas. Mohammed Qreiqeh, outro proeminente jornalista da Al Jazeera em Gaza, também foi morto no ataque.
Segundo a Al Jazeera, citada pela imprensa internacional, a ordem para matar Anas Al-Sharif, um dos jornalistas mais corajosos da Faixa de Gaza, juntamente com seus colegas, é uma tentativa desesperada de silenciar vozes antes da ocupação de Gaza.
Antes de ser morto, Al-Sharif fez uma publicação nas redes sociais:
“Se essa loucura não acabar, Gaza será reduzida a ruínas, as vozes de seu povo silenciadas, seus rostos apagados e a história se lembrará de vocês como testemunhas silenciosas de um genocídio que vocês escolheram não impedir.”
Segundo a imprensa internacional, Al-Sharif estava numa tenda com outros jornalistas perto da entrada do Hospital Al-Shifa quando foi morto.
As Forças de Defesa de Israel acusaram Al-Sharif de liderar uma célula do Hamas em Gaza, tendo lançado ataques com foguetes contra civis israelitas e tropas das FDI.
Refira-se que, desde o início da guerra há quase dois anos, 186 jornalistas foram mortos em ataques israelitas, de acordo com o Comité para a Protecção dos Jornalistas.