O governo quer que Moçambique conste do mapa dos maiores produtores de algodão. Mas no terreno, este desafio afigura-se difícil, uma vez que as metas tendem a baixar, segundo avançou na cidade de Tete, o ministro da Agricultura e Segurança alimentar durante um encontro que junta o executivo e produtores de algodão.
Para este ano, o sector espera produzir 60 mil toneladas contra 66 mil do ano passado.
“Para a presente campanha foi planificada uma produção de cerca de 60 mil toneladas de algodão caroço envolvendo 170 mil famílias produtoras numa área total de 100 mil hectares, números que estão a baixo daquilo que são os nossos anseios.
Por tanto, ainda estamos longe daquilo que é o potencial que essa cadeia de valor nos pode dar”, disse o ministro da Agricultura e Segurança Alimentar, Higino Marule.
O ministro avançou ainda algumas acções do governo visando alterar o actual quadro sombrio em relação a produção do algodão.
“A reativação da fábrica e descaroçamento de algodão em Xai-Xai que esperamos que impulsione a produção do algodão do caroço na zona sul; A inauguração da fábrica de fertilizantes na cidade da Beira entre outros benefícios que poderão contribuir no melhoramento dos solos que vem se desgastando ao longo dos anos pelo cultivo intensivo dessa cultura; A instalação de uma fábrica de processamento do óleo de cimento de algodão em Montepuez, na província de Cabo Delgado", acrescentou.
Ainda no encontro deverá ser discutido o preço de comercialização do algodão que actualmente ronda entre 16 a 23 meticais por quilo.