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Sarampo mata 18 pessoas em Cabo Delgado

 

Pelo menos 18 pessoas morreram em menos de 40 dias vítimas de Sarampo em Cabo Delgado. Sobre a Varíola dos Macacos, já dectectada em 11 países africanos, o Ministério da Saúde garante que o país continua livre da doença, entretanto, alerta para a tomada de medidas de precaução. 

O sarampo é uma doença altamente contagiosa causada por um vírus e pode levar a complicações graves, até mesmo à morte, particularmente em crianças. 

No país, foram registados 238 casos, de 09 de Julho a 14 de Agosto, que levaram à morte de 18 pessoas. Todas fora das unidades sanitárias, segundo o director nacional de Saúde Pública, Quinhas Fernandes. 

“O nosso país tem estado a registar de forma recorrente surtos de sarampo. Só nas últimas 24 horas, foram notificados 16 novos casos. O Sarampo é uma doença infecciosa viral aguda, transmitida por meio do contacto directo, através de gotículas expelidas pelos pacientes que estão infectados, quando tossem ou quando expiram. 

 A eclosão do surto do Sarampo em Cabo Delgado e Niassa deve-se, em parte, à fraca vacinação contra a doença, onde mais de 48% dos infectados não foram abrangidos pelo processo.  

“Em resposta a este surto de sarampo foi realizada uma vacinação de bloqueio, nos distritos afectados e em áreas específicas. Estamos a planificar realizar uma campanha de vacinação para crianças menores de 15 anos, em toda a província de Cabo Delgado, dado ao risco que existe de extensão do surto”. 

A “Varíola dos Macacos”, recentemente declarada emergência de saúde global pela Organização Mundial da Saúde, passando a ser denominada Mpox, é outra preocupação, apesar de não se ter detectado casos no país. 

“Em Moçambique, não tendo casos actualmente, nós não declaramos uma emergência, mas elevamos o nível de alerta, para permitir realizar acções de prevenção e preparação para uma eventual resposta”. 

De Janeiro a esta parte foram registados em África 537 óbitos em resultado dos 15 600 casos da Mpox. 

“Temos que evitar o contacto físico com pessoas infectadas pela Mpox, ou as suspeitas. Temos que garantir que as pessoas que cuidam dos pacientes tomem todo o cuidado para que não tenham um contacto directo. É preciso evitar um contacto com os animais que eventualmente estejam contaminados e desinfetar todas as superfícies que tenham entrado em contacto com algum fluido de um paciente infectado”.  

Segundo o director nacional de Saúde Pública, que falava esta sexta-feira em conferência de imprensa, o país está preparado para responder ao diagnóstico da doença, em caso de suspeitas. 

Sobre a situação da cólera, Quinhas Fernandes avançou que o distrito de Moamba, na província de Maputo, é o único com casos activos.

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