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Sanitários improvisados perigam saúde pública na cidade de Maputo 

A falta de sanitários públicos na Cidade de Maputo deu origem a um novo negócio, o negócio da urina. Há pessoas que montam baldes na via pública, para necessidades biológicas e, em troca, cobram dinheiro. A edilidade diz que desconhece o fenómeno.

Em vários pontos da cidade de Maputo podem ser vistos sanitários improvisados, usando baldes, garrafas e panos para tentar dar alguma privacidade aos seus usuários.  A situação deve-se à falta de sanitários públicos, e os munícipes aflitos recorrem a locais improvisados para atender às suas necessidades biológicas.

“Condições que não ajudam, porque nós que estamos aqui a fazer o trabalho, não temos outra maneira. A vida é que obriga a isso”, disse um munícipe.

Ao longo da Avenida Guerra Popular, por exemplo, há várias estruturas improvisadas que colocam em risco a saúde pública. Vários jovens encontraram neste negócio uma forma de ganhar dinheiro.

“Estamos a colocar estes baldes para as pessoas que estão a vender na estrada não fazerem as necessidades de qualquer maneira, porque nesta via não tem casas de banho. Então, as pessoas podem usar esses baldes  e depois pagar cinco meticais”, disse um dos proprietários de um sanitário improvisado

Para além de constituir um  perigo para a saúde pública, os moradores em volta reclamam do forte cheiro que emana dos sanitários, obrigando-os a manter as janelas sempre fechadas.

“É um cheiro muito forte, eu não consigo perceber como é que no meio de uma avenida tão movimentada, as pessoas conseguem parar e urinar normalmente como se estivessem mesmo numa casa de banho”, lamentou uma moradora.

A situação está fora do controlo, mas as autoridades municipais dizem que não estão a par do assunto.

“É uma situação que está a retratar agora, pois a polícia municipal nunca se deparou com esse tipo de caso, mas vamos verificar, e, se de facto estiver a decorrer essa situação, vamos sensibilizar os proprietários destes estabelecimentos”, disse Arsénia Miambo, porta-voz da polícia municipal.

Enfim, assim a vida continua diante de vários riscos à saúde pública na capital Moçambicana.

 

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