O recenseamento eleitoral arrancou a 15 de Abril em todo país. E, desde a fase da preparação, a plataforma de observação eleitoral, Sala da Paz, esteve sempre atenta ao processo.
Assim, volvidos três dias, a “Sala da Paz” constatou que os efeitos combinados do ciclone Idai e cheias no centro do país e os ataques em Cabo Delgado estão a comprometer a realização do recenseamento eleitoral.
Na província da Zambézia, a plataforma “Sala da Paz” verificou que nos distritos de Namacurra, Maganja da Costa, Nicuadala, Quelimane, Pebane, Mocuba, Chinde, Mapeia e Luabo, onde existem 1.144 postos de recenseamentos, 100 destes foram destruídos, o que corresponde a um total de 8.74 por centro de postos, destruídos. Em Sofala, existem, nos distritos de Búzi, Beira, Dondo, Muanza e Nhamatanda, 425 postos de recenseamento e destes 139 ficaram destruídos, o que corresponde a um total de 32.71 por cento de destruição, sendo que esta foi a província mais afectada. Já em Manica, concretamente nos distritos de Macate, Mossurize e Sussundenga existem 433 postos de recenseamento e 11 destes foram destruídos, o que corresponde a 2.54 por centro de destruição. Ainda na zona centro, a província de Tete foi a menos afectada, sendo que apenas os distritos de Macanga e Chifunde, onde existem 425 postos de recenseamento, todos estão operacionais.
No que diz respeito à Cabo Delgado, a plataforma “Sala da Paz” ainda não tem dados, mas assegura que a situação dos ataques está a comprometer o recenseamento eleitoral.
Para as zonas afectadas pelo Ciclone Idai a plataforma da sociedade civil propõe a recalendarização do recenseamento eleitoral para evitar que alguns cidadãos sejam excluídos do processo.
Em todo país, a “Sala da Paz” constatou atrasos na abertura dos postos de recenseamento e o uso de cartazes e panfletos com datas erradas para educação cívica pelo STAE.