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Putin decreta mobilização de 300 mil reservistas

O presidente russo aponta o ocidente como o principal inimigo da Rússia e acusa-o de querer destruir Moscovo. Vladimir Putin anunciou, ainda, uma “mobilização militar parcial” para proteger o povo russo nas terras libertadas na Ucrânia

O presidente russo, Vladmir Putin, discursou, esta quarta-feira, aos “cidadãos russos” pela segunda vez desde o início da invasão à Ucrânia e anunciou ao ocidente que vai garantir a “independência” e “liberdade” do país “com todos os meios” de que dispõe.

Vladimir Putin anunciou ainda uma “mobilização militar parcial” imediata de 300 mil reservistas para a Ucrânia.

Segundo o chefe de Estado, o decreto já foi assinado e a medida entra em vigor esta quarta-feira.

No seu discurso, Putin afirmou que “apenas os cidadãos que se encontram actualmente na reserva e, principalmente, aqueles que serviram nas Forças Armadas, têm certas especialidades militares e experiência relevante, serão sujeitos a alistamento”.

O líder russo justifica a medida com a necessidade de proteger “o povo russo nas terras libertadas” na Ucrânia.

Falando à nação, o chefe do Estado russo apelou à indústria de armas para que aumente a sua produção. Putin ainda endereçou uma mensagem ao ocidente:

“Quero dizer ao Ocidente: temos muitas armas em nosso poder, não estamos a fazer bluff. O nosso país também tem meios de ataque, mais modernos do que a NATO. Garantiremos a integridade territorial da nossa terra-mãe, a nossa independência e a nossa liberdade, repito, com todos os meios de que dispomos”, ameaçou Putin.

De acordo com a imprensa internacional, desde que o decreto sobre a mobilização militar parcial imediata foi anunciado, muitos russos procuraram sair do país com destino a Turquia e Arménia, onde é permitida a entrada de russos sem visto.

Em reação ao decreto anunciado por Putin, mais de 180 mil pessoas assinaram uma petição contra a medida, afirmando que os russos não estão dispostos a submeter os seus irmãos, filhos, maridos, pais e avós a perigos físicos e morais na “situação actual de incerteza”.

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