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Riquito: um esquerdino que mandava em campo!

Riquito: um esquerdino que mandava em campo!
Se alguém perguntar por um futebolista de craveira chamado Henriques Tembe, poucos o irão identificar. Mas o seu diminutivo, Riquito, não só aponta para um ex-craque do Costa do Sol, como também para uma das mais geniais estrelas nacionais das últimas décadas.

O seu pé direito, provavelmente só lhe servia para subir o autocarro. Mas em compensação, possuía um pé esquerdo desequilibrador, que fitava como poucos, colocando a bola como e onde queria.

 

PEMBINHA: A “INCUBADORA”

Riquito foi um dos mais destacados protagonistas da mais bem-sucedida “incubadora”, que se conhece em Moçambique, para produzir estrelas no futebol. Tudo começou no ano de 1983, em que os canarinhos, em parceria com o Grupo Desportivo de Pemba, ambas formações integradas na EDM, protagonizaram uma parceria que resultou no Pembinha.

A ideia surgiu porque as estrelas da equipa principal do Costa do Sol de então – Luís, Ramos, Gil, Nito, Semedo, Adelino Caldeira e outros –  davam poucas chances aos jovens que se afirmavam. A solução, devidamente enquadrada, foi a de enviar um conjunto de promissores futebolistas acabados de despontar nos juniores, mais o treinador Arnaldo Salvado para, com jogadores locais e em representação daquela formação nortenha, tomarem parte no Moçambola.

 Alguns deles: Pintainho, Pedro Novela, João Dai, Sidónio e Armindo II, entre outros. Cresceram e protagonizaram uma excelente campanha. “Explodiram” uns anos depois, já nos canarinhos.

 

AS ARMAS PRINCIPAIS
Riquito normalmente era o meio-campista mais adiantado no terreno, tendo um excelente domínio do esférico e boa visão de jogo. O drible curto, constante, colocava-o como uma figura de proa no Costa do Sol em que foi campeão nacional 4 anos seguidos: 1991, 1992, 1993, 1994. Na época de 99/2000, já com Nacir Armando como técnico, o craque ganhou o seu último título, terminando a carreira em 2002.

Foi internacional por 30 vezes, tendo-se estreado no dia 14 de Maio de 1987, no Estádio da Machava, frente ao Uganda, numa partida em que fomos derrotados por 2-1.

 

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