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“Respeitem aqueles que fizeram a história”, apela Filipe Nyusi

Foto: GPR

A cidade de Xai-Xai, na província de Gaza, acolheu, hoje, as celebrações centrais do dia 7 de Setembro, que recorda a assinatura dos Acordos de Lusaka entre a Frelimo e o Governo português, conduzindo à Independência Nacional.

Assinados em Lusaka, a 7 de Setembro de 1974, os Acordos de Lusaka abriram caminho para a proclamação da Independência Nacional no ano seguinte, no Estádio da Machava. É por isso que esta data é conhecida como Dia da Vitória. A cidade de Xai-Xai, que acolhe o Festival dos Veteranos da Luta pela Independência, foi palco das cerimónias centrais marcadas pela deposição de uma coroa flores, exposição fotográfica que conta a história do país e condecoração de 29 combatentes. Este acto é o reconhecimento dos feitos dos veteranos, segundo o Presidente da República, Filipe Nyusi.

“Peço respeito por eles como todas outras Nações respeitam os seus heróis. Respeitem aqueles que fizeram a história. E nós temos que respeitar porque eles nos inspiram para fazer tudo que fazemos, em clubes diferentes, em religiões diferentes e em partidos diferentes porque existe a pátria, existe a terra, existe a bandeira e somos respeitados universalmente”, enalteceu Filipe Nyusi.

É por essa razão, segundo o Presidente da República, que o Governo tem estado a acelerar a atribuição de pensões aos antigos combatentes e melhorou os subsídios que os atribui.

“Temos melhorado os subsídios das exéquias fúnebres dos combatentes dos anteriores dez mil para vinte mil Meticais. Sabemos que ainda é pouco, mas é o que podemos fazer”, reconheceu Nyusi.

No entanto, nem todos os veteranos estão a beneficiar-se das suas pensões apesar de terem sido aprovadas. “De dezasseis mil, seiscentos e noventa e duas pensões já aprovadas ainda foram reclamadas, levantando suspeitas de se tratar de combatentes-fantasma. Por isso, caso alguém tenha tratado o assunto da sua pensão e não tenha sido notificado pode aproximar-se às direcções provinciais ou distritais para saberem se fazem parte deste grupo e terem o vosso direito”, apelou Filipe Nyusi.

Alguns condecorados dizem sentir-se honrados e que o país tem sabido a seu momento ultrapassar os desafios que enfrenta. O mesmo acontecerá com o terrorismo. “Viemos de muito longe. Já fizemos muitas coisas. Já enfrentámos batalhas, se calhar, superiores a esta. Por isso, dias como estes são para renovar esta nossa grandeza de que nós, quando queremos fazer as coisas, quando estamos juntos, sempre conseguimos aquilo que pretendemos. Quando dissemos que isto tem que acabar, conseguimos fazer acabar”, recordou Fernando Fazenda, um dos condecorados.

Fazenda foi secundado por Adriano José Awade, combatente da Luta de Libertação Nacional. “É uma honra porque não foi fácil alcançar a independência deste país”.

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