O País – A verdade como notícia

Registados mais de dois mil casos de conflitos laborais no primeiro semestre

Turismo e segurança privada são as áreas com mais casos de conflitos laborais registados no país, segundo dados avançados pelo Centro de Mediação Laboral.

O país registou, nos primeiros seis meses deste ano, mais de dois mil conflitos laborais, um “velho problema” associado, muitas vezes, à falta do diálogo, aos salários baixos e à proibição do exercício da actividade sindical como principais preocupações que ainda apoquentam a criação de um bom ambiente laboral entre os empregadores e os trabalhadores no país.

Os trabalhadores enfrentam várias dificuldades no cumprimento das suas actividades laborais, o que acaba por desencadear greves, motivadas pela não abertura ao diálogo por parte dos empregadores.

É nos sectores de turismo e segurança privada em que mais ocorrem desentendimentos entre o patronato e os empregadores. “Foram alcançados 2989 acordos em todo o país, o que resultou na reintegração de 622 trabalhadores e no pagamento de indemnização de cerca de 57 milhões de Meticais e salários em atraso aos trabalhadores”, precisou a presidente do Centro de Mediação Laboral, Olga Manjate.

E, para reduzir os casos de conflitos laborais, o Centro de Mediação Laboral reuniu-se com os empregadores e parceiros sociais da área laboral na província de Inhambane.

A presidente daquele órgão revelou, no encontro, que há um trabalho a ser realizado para evitar o registo de casos de conflitos laborais no país.

“Temos o registo, ultimamente, de casos nas empresas de segurança privada. Estas empresas têm apresentado, normalmente, questões ou conflitos laborais”, explicou Olga Manjate, para quem o problema está relacionado à “ falta de pagamento de salários, de compensações e encerramento de algumas estâncias, sobretudo, na província de Inhambane, no âmbito da COVID-19.”

Manjate disse que os casos de encerramento de estâncias e, consequentemente, a perda de emprego por parte de alguns trabalhadores, ocorreram entre 2020 e 2021.

A falta de centros de mediação nos distritos está a prejudicar a resolução, em tempo útil, dos casos que dão entrada naquela entidade.

No encontro, os actores do sector laboral discutiram matérias ligadas à legislação do sector, com destaque para procedimentos disciplinares, arbitragem laboral, entre outros.

Partilhe

RELACIONADAS

+ LIDAS

Siga nos