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Registados 210 mortos por malária no primeiro semestre de 2023

Pelo menos 210 pessoas morreram vítimas da malária no país de Janeiro a Junho deste ano, menos 70 óbitos registados em igual período de 2022. Enquanto isso, não há datas para administrar a vacina no país.

Malária está entre as três doenças mais mortíferas no país. Só de Janeiro a Junho deste ano, as unidades sanitárias registaram cerca de 7,2 milhões de casos da doença que resultaram em 210 óbitos.

“Registamos um aumento de 22 por cento quando comparado com o igual período do ano passado. A tendência crescente dos casos de malária está associada a vários factores. Um deles é que fizemos a distribuição das redes mosquiteiras há dois ou três anos, e a população perdeu a protecção”, disse Baltazar Candrinho, director do Programa Nacional de Combate à Malária.

Sofala, Zambézia e Nampula são as províncias mais vulneráveis à doença, em parte devido ao deficiente sistema de saneamento.

“Moçambique tem sido afectado por desastres climáticos e isso favorece o crescimento da população de mosquito e tem desacelerado os nossos esforços de acabar com a doença.”

O director nacional do Programa Nacional de Combate à Malária diz que estão em curso, no país, medidas para eliminar o mosquito causador da malária.

“A aplicação de larvicida tem a ver com o olhar para um determinado lugar onde há o criador do mosquito, nas águas paradas e aplicar algum medicamento que permita que a larva morra e não se desenvolva mosquito. Estamos, agora, a fazer o mapeamento para ver se existem e em que locais há águas paradas para fazemos a devida aplicação.”

Outro mecanismo de combate à doença é a vacina, que, em Moçambique, se prevê que comece a ser administrada entre Janeiro e Março de 2024.

“É uma vacina que é administrada em crianças menores de cinco anos em três doses, durante um intervalo de um mês e, depois, administra-se uma dose de reforço, passando-se entre 12 e 18 meses”, explicou Pedro Aite, director científico no Centro de Investigação em Saúde da Manhiça.

Os intervenientes falavam, hoje, na Cidade de Maputo, à margem de um seminário alusivo ao Dia Mundial do Mosquito.

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