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Supostos criminosos aterrorizam zona da “Mabor” no Zimpeto

Os alegados criminosos semeiam pânico e aterrorizam a zona da antiga fábrica da “Mabor”, no bairro do Zimpeto, cidade de Maputo, onde roubam vários pertences de pessoas que por lá passam e violam sexualmente mulheres.

Joana Sumburane é uma das muitas mães que residem no referido bairro. E como os seus vizinhos, não sossega enquanto um determinado membro da família sai e demora retornar a casa.

Sumburane diz que a rua que passa pela parte traseira da antiga fábrica de pneus “Mabor” atravessando o Bairro de Zimpeto, tornou-se um local onde alegados criminosos actuam a bel-prazer. A moradora recorda um episódio de violência envolvendo alegados criminosos e seu filho. “Meu filho foi batido, levaram-lhe o telefone, foi espancado e caiu. As pessoas que o agrediram fugiram e ele conseguiu reconhecer uma delas. Quando acordei de manhã fui à casa de um dos suspeitos e devolveu-me o telefone”

Tal como Joana Sumburane, muitos dos que passam por aquele troço têm uma história para contar. Segundo moradores os suspeitos de protagonizar a criminalidade não dão sossego e actuam a qualquer altura do dia. Outros intervenientes relataram à reportagem do “O País” que o ambiente que se vive naquelas ruas que passam pelas traseiras da “Mabor” é de terror.

Jacinto Munguambe, reside no bairro do Zimpeto há 30 anos e lembra-se do sossego que caracterizava o bairro, antigamente. “Isto era mato antigamente, era calmo. Cada sociedade quando desenvolve surgem crimes e aqui com este mercado há criminalidade”.

A falta de iluminação pública, é outro elemento catalisador que é aproveitado pelos malfeitores para impor a sua Lei. A zona da antiga “Mabor” está entre duas esquadras, a do Benfica e outra que funciona no Estádio Nacional do Zimpeto. De acordo com Leonel Muchina, porta-voz da Polícia, o comando da PRM na Cidade de Maputo promete estancar as acções dos criminosos.

“ Temos consciência que estes indivíduos usam esses escombros, estas obras abandonadas para praticar assaltos. Daí que a nossa atenção especial a zona da Mabor é de facto reprimir estas práticas. As lamentações chegam-nos, as denúncias chegam-nos de facto de ocorrências de assaltos e esforços vão sendo criados no sentido de reprimir e trazer sossego a todos que usam aquela via”.

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