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Reduzem novas infecções e mortes por HIV/SIDA no país

Foto: Tv Noviny

A pandemia da COVID-19 não teve impactos negativos na luta contra o HIV/SIDA. Pelo contrário, em 2021, as novas infecções e mortes reduziram e mais de 1,6 milhões de pessoas passaram a ter acesso ao tratamento anti-retroviral no país. A informação consta do relatório do Conselho Nacional de Combate ao SIDA, divulgado hoje. 

Apesar dos efeitos da pandemia da COVID-19 no tecido social, o país conseguiu alcançar resultados encorajadores nas áreas de prevenção, cuidados e tratamento do HIV/SIDA em 2021.

Os dados avançados pelo Primeiro-Ministro, Adriano Maleiane, na abertura do Conselho Directivo do Conselho Nacional de Combate ao SIDA mostram que dos mais de 2,1 milhões de pessoas vivendo com o HIV/SIDA, mais de 1,6 milhões já têm acesso ao tratamento anti-retroviral, o que representa uma cobertura de 81 por cento em todo o país. Os dados evidenciam um crescimento em 21 por cento, comparativamente a 1,4 milhões de infectados com acesso ao tratamento em 2020.

Segundo o Primeiro-Ministro, os ganhos resultam de um grande esforço do Governo para fazer chegar os serviços de tratamento do HIV à população.

Aliás, os dados da cobertura foram estimulados, em parte, pela expansão da rede de hospitais públicos. Em 2021, o país passou a contar com 1,771 unidades que dispõem de serviços de tratamento do HIV.

Maleiane recorda que, em 2021, foi realizado o inquérito nacional sobre o HIV/SIDA no país, com o objectivo de avaliar o impacto das estratégias para acabar com a doença. Os resultados deste estudo serão conhecidos em Dezembro, segundo garantiu o Primeiro-Ministro.

“Com a informação a ser produzida, poderemos adequar melhor as nossas estratégias para acabar com o HIV como ameaça à saúde pública até 2030, um compromisso que assumimos como país”, disse Maleiane.

O relatório de implementação do Plano Estratégico Nacional de Resposta ao HIV/SIDA em 2021 também mostra bons resultados no que toca a novas infecções e mortes. De acordo com o secretário não-executivo do Conselho Nacional de Combate ao SIDA, houve redução nestes dois indicadores.

Entretanto, Mbofana reconheceu que a redução ainda é insignificante para o país alcançar a meta de controlo da epidemia até 2030, por isso “esse novo plano estratégico visa acelerar a redução das novas infecções através de intervenções na área comportamental e de tratamento para assegurar que as pessoas infectadas continuem com a assistência e alcancem a supressão viral”.

De acordo com os dados apresentados por Mbofana, foram registadas, em 2019, cerca de 100 mil infecções; em 2020 cerca de 98 mil e, em 2021, rondaram os 94 mil. Entretanto, segundo o plano estratégico, até 2025, a estimativa é reduzir para metade, como forma de acelerar o alcance das metas rumo a 2030.

Apesar dos bons indicadores registados em 2021, o Conselho Nacional de Combate ao SIDA considera um desafio a massificação da adesão de mulheres gestantes ao tratamento do HIV/SIDA para evitar transmissão do vírus de mãe para filho.

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