Subiu de 15 para 48 o número de empresas suspeitas de branqueamento de capitais, falsificação de documentos, fraude fiscal e associação criminosa, no processo aberto no âmbito da operação “Stop branqueamento de capitais”. O Ministério Público diz haver 40 pessoas implicadas, seis das quais estão em prisão preventiva.
Segundo um comunicado do Gabinete Central de Combate à Criminalidade Organizada, datado de 12 de Julho, são empresas, na sua maioria, que operavam nas cidades de Maputo, Nacala e Nampula.
Das anteriores 15 firmas constituídas arguidas, até finais do mês de Maio, há mais 33 implicadas nos casos, totalizando 48.
As empresas visadas são acusadas da prática dos crimes de branqueamento de capitais, falsificação de documentos, fraude fiscal, abuso de confiança fiscal, associação criminosa e uso de documento falso.
Com mais empresas no processo, o valor que terá sido exportado ilegalmente, de mais de 21 mil milhões de Meticais entre 2019 e 2023, subiu para mais de 50 mil milhões de Meticais, e o Ministério Público avança que há acções em curso de apreensão de bens em conexão com os casos.
“… até ao momento, foram apreendidos 54 imóveis, designadamente, de hotelaria e turismo, estabelecimentos comerciais, instalações de empresas, residências, edifícios em construção e outras propriedades pertencentes aos arguidos. Foram, igualmente, apreendidos diversos bens móveis, dentre eles 13 viaturas”, lê-se no documento.
Dos 40 indivíduos nacionais e estrangeiros até agora implicados nos crimes, seis encontram-se em prisão preventiva, três em liberdade provisória e os restantes estão foragidos.
Ainda sobre a prática de branqueamento de capitais, num outro processo, foram detidas sete pessoas, quatro das quais foram restituídas à liberdade, mediante pagamento de caução, e três mantidas em prisão preventiva.
“Nos mesmos autos, foram apreendidos um total de 54 143 364 (cinquenta e quatro milhões, cento e quarenta e três mil, trezentos e sessenta e quatro Meticais) transferidos para a Conta Única do Tesouro”.
As apreensões e detenções resultam da operação “Stop branqueamento de capitais”.