O Presidente da Rússia, Vladimir Putin reagiu, esta quinta-feira, as acusações do seu homólogo norte-americano que o acusou de ser um “assassino”.
“O que lhe responderia eu? Eu diria: Fique bem! Desejo-lhe saúde”, comentou Vladimir Putin, ontem, segundo a RT America, referindo-se à recente entrevista de Joe Biden à ABC News em que o Presidente norte-americano chamou o seu homólogo russo de assassino.
Putin salientou que as suas palavras não têm qualquer sentido irónico ou humorístico.
O presidente russo recuou à infância para responder, dizendo que quando era miúdo, durante as suas brincadeiras, se dizia muito “quem o diz é quem o é”. Putin acrescentou que não era “coincidência nem uma simples expressão infantil, mas que tinha um significado psicológico bastante profundo, uma vez que vemos sempre as nossas características nas outras pessoas e partimos do princípio que são tal como nós”, escreve a Euronews.
“Na história de cada povo, de cada Estado, há acontecimentos muito difíceis, dramáticos e sangrentos, mas quando avaliamos outras pessoas, ou mesmo outros Estados, outros povos, é como se nos olhássemos sempre ao espelho. Vemos sempre o nossa reflexo”, refletiu o líder russo.
Vladimir Putin, citado pela Euronews, prosseguiu dizendo que “transferimos sempre para outra pessoa o que respiramos, aquilo que é a nossa essência e vemos sempre noutra pessoa as nossas próprias qualidades e pensamos que ela é o mesmo que nós”, afirmou o estadista, citado pela Euronews.
Segundo a RT America, o Presidente russo defendeu que “a classe dominante dos Estados Unidos resolve problemas de política interna e externa” fazendo acusações fortes contra outros países, recordando que os Estados Unidos são o único país do mundo que utilizou armas nucleares, “e ainda por cima contra um Estado não nuclear, como o Japão”.
Falando das relações bilaterais entre os EUA e a Rússia, o líder russo concluiu que a Casa Branca, em geral, está pronta para manter “certas relações” com o Kremlin, “mas sobre as questões que são do interesse dos próprios Estados Unidos, e sobre as suas condições”.
“Embora pensem que somos iguais a eles, somos pessoas diferentes, temos um código genético, cultural e moral distintos, mas sabemos como defender os nossos próprios interesses e trabalharemos com eles, embora nas esferas que são do nosso interesse e sob as condições que consideramos benéficas para nós. E eles terão de ouvir isto”, advertiu Putin.
“Nós, tendo em conta os nossos interesses nacionais, vamos desenvolver relações com todos os países do mundo, incluindo os Estados Unidos”, concluiu.