Denúncias de demora no atendimento e cobranças ilícitas no Hospital Central de Maputo levaram o provedor de Justiça, Isaque Chande, a efectuar uma visita, ontem, a àquela unidade hospitalar, a fim de obter esclarecimentos sobre o assunto junto da direcção. No final, exigiu um combate cerrado a essas situações.
Devido ao elevado número de queixas de cidadãos em relação ao atendimento hospitalar que o gabinete do Provedor de Justiça tem recebido, sobretudo sobre cobranças de dinheiro para a rápida assistência médica, o provedor decidiu dirigir-se pessoalmente à unidade hospitalar para ter esclarecimentos sobre as mesmas. Depois de visitar diversos serviços lá prestados e de manter encontro com a direcção do hospital, Isaque Chande exigiu mais empenho na luta contra essas práticas.
“As direcções das unidades hospitalares têm a responsabilidade primária de mobilizar as suas equipas a afastarem-se das más práticas, como cobranças ilícitas, porque se as direcções das unidades hospitalares, elas próprias, não se envolverem no combate às más práticas, então nós nunca teremos a possibilidade de as eliminar. É um trabalho que deve ser feito no local. O que é que o director do hospital faz? O que é que o director-clínico faz? E o que a directora de enfermagem faz e como mobiliza as suas equipas?”, questionou Chande.
O provedor de Justiça recomendou a melhoria do atendimento no maior hospital do país, para que sirva de referência para as demais unidades sanitárias.