Pelo menos 22 pessoas foram mortas em protestos violentos em Angola, após aumento no preço dos combustíveis, informaram as autoridades, na quarta-feira, marcando um aumento drástico em relação ao número de quatro mortos registado no dia anterior, segundo escreve o African News.
A agitação, desencadeada pela decisão do governo de cortar os subsídios ao diesel, levou a confrontos generalizados, saques e prisões em massa, com a tensão a espalhar-se da capital, Luanda, para outras províncias.
Os protestos começaram na segunda-feira, depois que sindicatos de táxis e micro-ônibus lançaram uma greve de três dias em resposta à decisão do Governo de aumentar os preços do diesel em um terço, uma medida que visa reduzir subsídios caros e estabilizar as finanças públicas.
As manifestações rapidamente tornaram-se violentas, com relatos de saques, vandalismo e confrontos mortais entre manifestantes e policiais.
O gabinete do presidente João Lourenço realizou uma reunião de emergência na quarta-feira para avaliar a crise de segurança e coordenar a resposta das autoridades policiais.
Uma declaração presidencial, citada pela African News, confirmou 22 mortes, 197 feridos e 1 214 prisões, além de danos a 66 lojas, 25 veículos e saques em vários supermercados e armazéns.
À medida que a raiva aumenta, o Governo enfrenta uma pressão crescente para equilibrar as reformas fiscais com a estabilidade pública.