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Professores do ensino secundário insatisfeitos com a TSU

Foto: O País

Professores de algumas Escolas Secundárias da Cidade de Maputo dizem estar insatisfeitos com atraso de salários, falta de clareza e erros sucessivos no seu enquadramento na Tabela Salarial Única. A classe ameaça paralisar as aulas.

Na condição de anonimato, um dos professores de uma das escolas da capital do país diz não entender a razão para que esta classe seja sacrificada em relação aos salários. Dada a insatisfação, explica que nos próximos dias, os professores vão exigir explicações do Governo sobre as irregularidades na Tabela Salarial Única.

“A ideia a que chegamos ao consenso é que vamos sentar com os outros colegas de outras escolas da Cidade de Maputo e traçarmos as ideias juntas, de todos os colegas, as insatisfações, as inquietações que temos em relação a esta nova tabela aprovada. Em função disso, vamos redigir um relatório de toda a Cidade de Maputo e vamos remeter às instâncias superiores, a procurar mostrar a indignação em relação à alteração daquilo que fomos comunicados pelos sindicatos que nos representaram no processo de discussão sobre enquadramento”.

Os professores dizem ainda que a Tabela Salarial Única fere o Estatuto Geral dos funcionários do Estado que prevê a progressão de 2 em 2 anos. E a TSU segundo os professores são necessários 5 anos para a progressão, consideram este aspecto para prejudicar o funcionário público.

Na Escola Secundária Josina Machel, houve interrupção momentânea de aulas. Os alunos ficaram nos corredores e no pátio. O director da escola, Orlando Dima nega que a paralisação esteja relacionada à reivindicação de uma tabela salarial mais justa. Entretanto, reconhece haver problemas com os salários.

“É verdade que se levante a questão dos salários que infelizmente ainda não receberam, mas também tivemos orientações claras sobre qualquer reclamação que tivermos. Temos um documento concreto para escrever onde apresentamos as nossas preocupações com relação à tabela salarial única, os professores sabem disso e quem está nessa situação já estão a fazer”.

Na Francisco Manyanga, os professores continuam a dar aulas, embora insatisfeitos explicou o Director da Escola Sabino Congolo.

“Há uma insatisfação, há uma preocupação os salários estão atrasados e do conhecimento de todos nós, mas nós temos um corpo docente altamente comprometido com a causa de servir e servir bem e com qualidade razão pela qual este corpo docente está neste momento a trabalhar com os alunos”.

Várias classes profissionais têm-se manifestado agastadas com a Tabela Salarial Única, mesmo depois da revisão da lei visando corrigir as irregularidades no instrumento.

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