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“Temos muitos juristas coxos” no país, denuncia Carlos Mondlane

O presidente da Associação Moçambicana dos Juízes analisava o estado actual do ensino de Direito no país e classifica-o como defeituoso, razão pela qual diz existirem “muitos juristas coxos”.

Os desafios do ensino de Direito foi o tema de reflexão do presidente da Associação Moçambicana dos Juízes, durante o encerramento do quinto curso de preparação para carreiras jurídicas. Nesse âmbito, Carlos Mondlane classificou o ensino de Direito, no país, como defeituoso e denunciou a existência do que denominou como “juristas coxos”.

“Nós temos muita gente que, depois de obter o título, continua com debilidades. Pessoas que foram formadas pelas faculdades de Direito, mas ainda apresentam dificuldades básicas. Nós notamos, infelizmente, que o grosso de pessoas que se formam em direito, o que lhes interessa é o diploma e não o conhecimento e isso representa um perigo muito grande para a classe dos advogados, juristas ou procuradores”, anotou Carlos Mondlane.

Para combater as fragilidades do sistema do ensino de Direito e eliminar os juristas “coxos”, a Associação Moçambicana dos Juízes formou 60 profissionais, entre juízes e advogados, que não estão ainda a exercer as suas profissões.

A formação tinha como objectivo preparar os profissionais para o início das suas carreiras jurídicas, por isso foram abordados temas como ética e deontologia profissionais.

“O curso permite uma componente mais prática da profissão de juiz, procurador, defensor.”

Por sua vez, os formandos recomendaram a expansão do curso para outras partes do país.

Este foi o quinto curso desde que a Associação iniciou o projecto, do qual já se beneficiaram mais de 100 profissionais.

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