O presidente do Níger, Mohamed Bazoum, foi detido esta quarta-feira, por membros da Guarda Presidencial (GP) em uma tentativa de golpe de Estado condenada pelos países africanos, Estados Unidos e pela União Europeia (UE).
Segundo uma fonte ligada à presidência, citada pela imprensa internacional, que não quis ser identificada, depois de alguns diálogos, a Guarda Presidencial recusou-se a libertar o presidente e o Exército lançou um ultimato, provocado pelo impulso dos membros da guarda, que bloquearam o acesso ao palácio presidencial, na capital, Niamey.
Outra fonte ligada ao presidente Bazoum, no poder desde abril de 2021, disse que a tentativa de golpe estava “destinada ao fracasso”.
A Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) confirmou a “tentativa de golpe de Estado” e manifestou o seu “espanto e preocupação” e pediu aos autores deste acto a libertarem imediata e incondicionalmente o Presidente da República democraticamente eleito.
O presidente do Benin, Patrice Talon, viajará para Niamey para tentar realizar a mediação entre a guarda presidencial e Mohamed Bazoum, anunciou o presidente nigeriano, Bola Tinubu.
O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, conversou com o presidente do Níger à tarde e manifestou “seu total apoio e solidariedade”, informou seu porta-voz. Horas antes, Guterres havia condenado “qualquer tentativa de tomar o poder à força”.