Na vila autárquica de Marromeu, o processo de repetição da votação arrancou pontualmente às 7 horas em todas as mesas, mas foi manchado por uma confusão na Escola Primária Completa Julius Nyerere, onde o presidente da mesa, identificado apenas como Marcelino, foi descoberto pelos delegados de candidatura do MDM e da Renamo a entregar, ao primeiro eleitor, dois boletins, já com voto, a favor do partido Frelimo.
O presidente de mesa, primeiro, meteu os boletins nos seus bolsos e, perante a pressão dos delegados e eleitores para abandonar o posto, rasgou-os e atirou-os pela janela.
Os eleitores interromperam o processo de votação, exigindo a retirada imediata do mesmo. Minutos depois, ele foi detido pela Polícia e levado ao comando distrital.
Já na Escola Heróis Moçambicanos, um suposto agente da PRM, residente na cidade da Beira, votou na mesa cinco e gerou confusão. A delegada de candidatura do MDM, Márcia Tomé, contou que o polícia, quando se apresentou na mesa, alegou que “tinha sido recenseado nesta escola. O presidente da mesa e um dos membros da mesa de voto simularam que ele efectivamente foi inscrito aqui, mas depois descobrimos que o seu nome não constava no caderno e, ao observarmos com cuidado, o cartão indicava que foi recenseado na cidade da Beira. Mas que tipo de eleições é este?”, questionou a delegada.