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África do sul nomeia, pela primeira vez, ministro da Electricidade

Foto: DW

Há mexidas no Governo Sul-africano. O Presidente da África do Sul anunciou um novo cargo na presidência, o de ministro da Electricidade, para colmatar a crise de energia no país.

Cyril Ramaphosa nomeou Kgosientsho Ramokgopa para ocupar o novo cargo ministerial, o primeiro do género na África do Sul democrática após a queda do regime de segregação racial do ‘apartheid’, em 1994.

“Procurei equilibrar novas competências com a tarefa de garantir a estabilidade no Governo, criámos dois novos ministérios, o primeiro é o ministro da Eletricidade e o segundo é o ministro do Planeamento, Monitorização e Avaliação do desempenho do executivo”, anunciou o Chefe do Estado sul-africano durante o discurso sobre o Estado da Nação, na noite de quinta-feira, no Parlamento, na Cidade do Cabo.

Ramaphosa espera que com a nomeação do novo ministro da Eletricidade, o novo Governo do Congresso Nacional Africano (ANC) de que é também presidente, seja capaz de “reduzir significativamente” os cortes de energia, conter a corrupção galopante e a má administração pública do país.

De acordo com a RTP, a África do Sul enfrenta actualmente cortes constantes de energia eléctrica de pelo menos 12 horas por dia desde Dezembro de 2019, afectando por vezes, em simultâneo, o abastecimento de água nas zonas urbanas.

No ano passado, a empresa pública Eskom privou o país de mais de 200 dias de electricidade, segundo dados da empresa pública sul-africana.

Depois de anos de má gestão, Eskom, que produz 90% da electricidade da África do Sul, está endividada e incapaz de produzir energia suficiente para o país, que provém em 80% do carvão.

Ainda na sua comunicação ao país, Ramaphosa nomeou o vice-presidente do ANC, Paul Mashatile, que foi empossado como deputado no mês passado, para o cargo de vice-presidente da República, substituindo no cargo David Mabuza.

Mashatile foi eleito vice-presidente do ANC após Mabuza ter recusado a nomeação para a vice-presidência do partido no poder na 55.ª conferência nacional do ANC em dezembro.

Ramaphosa anunciou também que Sindisiwe Chikunga será a nova ministra dos Transportes após a eleição de Fikile Mbalula como secretário-geral do ANC na conferência eletiva do partido no ano passado.

No total, o Presidente da República sul-africano nomeou 12 novos ministros, e 11 vice-ministros.

“Espero que cumpram as suas tarefas com rigor e dedicação, adoptem uma abordagem de tolerância zero contra a corrupção onde quer que ela exista e coloquem os interesses do povo da África do Sul em primeiro lugar no trabalho que realizam”, sublinhou o Presidente sul-africano.

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