A presidente da Tanzânia, Samia Suluhu Hassan, tomou posse esta segunda-feira numa cerimónia limitada a convidados, após eleições contestadas, o que provocou protestos mortais. As manifestações ocorreram depois que dois dos principais candidatos da oposição foram impedidos de concorrer.
A cerimónia, que contou com a presença do Presidente da República, Daniel Chapo, foi realizada em terrenos pertencentes ao governo na capital administrativa, Dodoma, e limitada a convidados, uma mudança em relação ao passado, quando o presidente tomava posse em estádios de futebol lotados e abertos ao público. A tensão permaneceu alta na capital comercial, Dar es Salaam, após três dias de protestos eleitorais.
Postos de gasolina e mercados fechados, e as ruas quase desertas, enquanto funcionários do governo continuam a trabalhar a partir de casa. Em Dodoma, a maioria das pessoas permanece em casa. As eleições de 29 de Outubro foram marcadas por violência, à medida que manifestantes saíram às ruas das principais cidades para protestar contra as eleições e impedir a contagem de votos.
O exército foi mobilizado para ajudar a polícia a conter violência, à medida que manifestantes saíram às ruas das principais cidades para protestar contra as eleições e impedir a contagem de votos. Houve corte de Internet neste país da África Oriental, o que perturba viagens e outras actividades.
O governo adiou a reabertura das universidades, prevista para esta segunda-feira. As autoridades não informaram quantas pessoas foram mortas ou feridas na violência. Mas a oposição que rejeita as eleições, fala de cerca de 700 mortos.
Um porta-voz do escritório de direitos humanos da ONU, por sua vez, disse na sexta-feira que havia relatos credíveis de 10 mortes em Dar es Salaam e outras cidades da Tanzânia.
A violência eleitoral na Tanzânia levou ao encerramento do posto fronteiriço com o Quénia em Namanga, onde produtos agrícolas transportados em camiões têm estado a apodrecer há seis dias.

