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Presidente da República pede aos muçulmanos para serem alicerces da paz

O Presidente da República, Filipe Nyusi, pediu hoje a comunidade muçulmana para continuar firme na prática de valores do bem e de amor ao próximo e acções que visem o restabelecimento de uma paz efectiva. Filipe Nyusi, que falava durante a cerimónia que marcou o fim do jejum dos muçulmanos, criticou a tentativa de ligação dos ataques em Cabo Delgado ao Islam.  

"Os nossos irmãos do norte dos distritos de Cabo Delgado vivem momentos de terror e de extrema violência. São assassinados e suas habitações destruídas por homens que não mostram os seus rostos e fazem esforços para serem confundidos com pessoas que defendem o Islam. Nós os moçambicanos não temos históricos de conflitos de natureza religiosa e não aceitamos que nos imponham isso. Temos estado a neutralizar um a um e nunca se revelam como muçulmanos. Matam gente em pleno período de ramadão. O Islão significa paz, por isso usemos este momento para condenar com veemência estes actos e pedir a Allah que devolva a tranquilidade aos nossos compatriotas de Cabo Delgado o mais urgente possível", afirmou o estadista moçambicano.

Nyusi lembra que um verdadeiro muçulmano não pactua com ódio e que o Islam ensina que a paz se pratica com amor ao próximo e "com justiça, daí que vincamos a mensagem de que a celebração do Eid al-Fitr deve marcar um pacto profundo entre o homem e o bem e transformemos este mandamento em realidade para honrarmos o sacrifício a que nos submetemos cimentando o amor e a paz”.

“Aliás, é este amor entre os moçambicanos que nos faz resilientes para superarmos as dificuldades imprevistas ao longo da nossa coexistência como nação", realçou Nyusi.

O Presidente da República manifestou o desejo de ver os muçulmanos a contribuírem na construção de uma paz social estável, com vista a que as eleições de Outubro tornem a democracia moçambicana mais forte.

"A ausência da paz privará as liberdades e comprometerá o sucesso da nossa democracia que paulatinamente se revela como referência do continente. Queremos garantir que o exercício democrático seja uma festa para todos os moçambicanos. A comunidade islâmica deve continuar a compartilhar com todos os moçambicanos as suas ferramentas de prática do bem, do amor ao próximo e de paz e a contribuir para uma boa coexistência", defendeu.
 

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