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PR destaca contributo de Feliciano Gundana na luta de libertação de Moçambique

O Presidente da República, Daniel Chapo, manifesta o “mais profundo pesar” pela morte de Feliciano Salomão Gundana, combatente da Luta  de Libertação Nacional e um dos fundadores da Frelimo, ocorrida na madrugada  desta terça-feira, vítima de doença. 

Na sua mensagem, o Chefe do Estado exalta a grandeza e  nobreza de carácter de Feliciano Gundana, que o considera  “homem de coragem, de silêncio disciplinado e de convicções 

firmes, cuja jornada começou na génese da luta de libertação, e  se prolongou por toda a construção da nação moçambicana”. 

O Presidente da República lembra que Feliciano Gundana  ajudou a moldar os destinos da pátria não apenas na frente  libertária, mas também na arquitectura do Estado soberano que  emergiu em 1975, assumindo funções de Chefe dos Serviços de  Inteligência Militar, e liderando, “com sentido patriótico, as  Províncias de Inhambane, Nampula e Zambézia nos anos  desafiantes da consolidação nacional”. 

Na vida política, refere a mensagem presidencial, Gundana  elevou-se ao mais alto patamar da confiança partidária,  desempenhando as funções de Secretário-Geral da FRELIMO,  “num tempo em que o destino de Moçambique exigia dirigentes  de rigor, coerência e espírito de serviço”. 

Em reconhecimento pela sua “extraordinária dedicação e  exemplo de patriotismo”, o Estado moçambicano atribuiu-lhe,  em vida, o título de Herói da República de Moçambique, honra  reservada aos que entregaram a própria vida ao sonho da  liberdade colectiva. 

A Nação testemunhou igualmente, em 2024, a sua consagração  académica como Doutor Honoris Causa, em “Liberdade,  Democracia e Desenvolvimento Humano”, pela Universidade  Zambeze, acto que sublinhou a dimensão histórica e humana do  seu contributo para a paz, para a democracia e para o  desenvolvimento humano.

O Presidente da República sublinha que Moçambique curva-se  perante a memória de um dos seus filhos mais nobres, “um  patriota que atravessou todos os capítulos da nossa História,  desde a luta armada até à edificação do Estado moderno,  carregando consigo a chama da liberdade que hoje ilumina as  gerações”. 

“Hoje, Moçambique despede-se de uma consciência moral da  Pátria, de um homem cuja vida foi uma lição de serviço público,  uma escola de integridade e uma bênção de esperança para  todos nós. Os que hoje caminham em paz nesta terra devem a  sua tranquilidade a homens como Feliciano Gundana. O seu  legado não desaparecerá: ficará gravado na memória da  Nação, como luz que orienta e inspira o futuro”, afirma o Chefe  do Estado. 

Aos familiares, amigos, companheiros de luta e a todos quantos  foram tocados pela sua dedicação, o Presidente da República  endereça as mais sentidas condolências, em nome de todo o  Povo e do Governo moçambicanos, bem como em seu próprio,  “solidarizando-se neste momento de dor, mas também de  gratidão eterna”.

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