Homens armados apontados pela polícia em Sofala como sendo da auto-proclamada Junta Militar da Renamo (JMR), atacaram hoje uma viatura da corporação na região de Ciro, no limite entre os distritos de Nhamatanda e Gorongosa, ao longo da estrada nacional número um.
Segundo a PRM, do ataque resultou a morte de um agente das Forcas de Defesa e Segurança (FDS), ferimento de outros três e destruição total de uma viatura policial de marca Mahindra.
De acordo com Daniel Macuácua, porta-voz da PRM em Sofala, o ataque ocorreu cerca das 6.30 horas e foi "protagonizado por indivíduos armados que se presumem que pertence a auto-proclamada Junta Militar da Renamo”, liderada por Mariano Nhongo.
Os disparos foram direccionados contra a viatura da PRM, que na altura levava quatro ocupantes, todos membros da corporação.
“Houve de seguida uma troca de tiros, que infelizmente culminou com a morte de um dos nossos colegas que seguia na viatura e a destruição da viatura que foi incendiada pelos atacantes", explicou Macuacua.
Segundo a PRM, após o ataque foi enviada para o local da ocorrência, um reforço policial para socorrer os outros agentes.
"O trabalho efectuado culminou com a detenção de um indivíduo nas proximidades, que se presume que pertence a este grupo e a apreensão de três meios circulantes, nomeadamente uma viatura e duas motorizadas que podem ter sido usados pelos atacantes” detalhou o porta-voz, assegurando que “os trabalhos continuam no local visando neutralizar os outros integrantes da Junta Militar, a circulação de pessoas e bens foi retomada normalmente naquele troço de forma livre e com segurança".
Nhongo distancia-se do ataque
O presidente da JMR, Mariano Nhongo, negou qualquer envolvimento do seu grupo no ataque.
"Não fomos nós. Não sei com que base a polícia está a presumir que o ataque foi protagonizado pela Junta Militar. Sou presidente da Junta e os meus homens estão sob meu comando” reagiu Nhongo, por via telefónica.
“Apelamos a polícia a perseguir os malfeitores e puni-los exemplarmente, em vez de fazer acusações sem nexo” disse Nhongo, sugerindo que o ataque possa ser elementos fiéis a Ossufo Momade.
“A Renamo está dividida. Há um grupo que está com Ossufo Momade e outro está comigo. Talvez tenha sido os militares de Ossufo” acusou.