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Presidente da República diz que DDR poderá ser concluído este mês

Foto: O País

O Presidente da República, Filipe Nyusi, disse que as partes estão a fazer de tudo para que o processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR) seja concluído até ao fim deste mês.

A garantia de Filipe Nyusi foi feita na manhã desta quarta-feira, após encontro com o líder da Renamo, Ossufo Momade, na Presidência da República, onde o Chefe de Estado destacou que o impasse são ainda alguns aspectos que, dentro de dois ou três dias, serão resolvidos, para que se chegue a um acordo definitivo.

“O processo de DDR é um compromisso do Governo e da Renamo e deve terminar. É um exemplo e nós não podemos perder esta oportunidade de contribuir para a pacificação do nosso país e servir de caso de estudo e exemplo para os países que precisem da paz”, afirmou Nyusi.

Em Dezembro passado, foi adiado o encerramento da última base da Renamo, em Gorongosa, e, segundo o Presidente da Renamo, a situação deveu-se ao facto de o Governo não ter estado a pagar as pensões aos guerrilheiros desmobilizados, o que viola o acordo entre as partes e este foi um dos aspectos que Ossufo Momade levou à reunião com Nyusi.

No encontro, as partes chegaram a uma solução do que os divergia, conforme disse Momade, na expectativa de que, desta vez, o Governo cumpra as suas obrigações, para que a paz seja duradoura.

“Da conversa que tivemos, hoje (quarta-feira), temos a esperança de que o Governo vai poder aprovar o decreto, para que possam ter as suas pensões. Este é um dado adquirido”, enalteceu Momade, acrescentando que “A Renamo já fez a sua parte e já desmobilizou 15 bases. Esperamos que, com a informação que recebemos hoje (quarta-feira), possamos encerrar a última base.”

No encontro, as partes falaram, também, sobre as eleições distritais, previstas para 2024. E para Ossufo Momade, o pleito deve realizar-se, pois está previsto na Constituição da República e é algo que o Governo vem articulando com a Renamo desde o tempo de Afonso Dhlakama, na liderança da Renamo.

“Lamentamos porque estamos a ser apresentados muito tarde. Pela forma com que o assunto das eleições distritais foi tratado pela Renamo e pelo Governo, na pessoa do Presidente Dhlakama, neste momento não temos nenhuma resposta a dar; o que é preciso é que nos encontremos para que possamos ter uma resposta a dar ao Presidente da República”, explicou Momade.

Já para o Chefe de Estado, as partes chegaram a uma solução satisfatória para o povo moçambicano: “Trocámos impressões, o que é bom e correcto. Neste caso, vimos os aspectos técnicos que seriam necessários, os de consolidação da nossa descentralização em si e os financeiros, sobretudo se estamos a embarcar para um DDR que se pensa em pensões, isso significa envolver alguns recursos”.

O Chefe de Estado avaliou o encontro como frutífero e considera que, a partir do mesmo, serão encontradas soluções para o que pode ser melhorado no aperfeiçoamento da democracia.

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