O vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitry Medvedev, disse hoje que todos os envolvidos no ataque a uma sala de concertos perto de Moscovo, que fez mais de 130 mortos, serão alvos legítimos para a Rússia.
“Vingar-nos-emos de todos. E os envolvidos, independentemente do seu país de origem ou estatuto, serão, a partir de agora, o nosso alvo legítimo e principal”, escreveu Medvedev, no Telegram.
De acordo com as autoridades, o ataque causou 133 mortos, entre os quais três crianças, e 154 feridos, na maioria ainda hospitalizados.
Cumprindo o luto oficial, as instituições russas e missões diplomáticas no estrangeiro colocaram as bandeiras a meia haste, enquanto os habitantes de Moscovo continuam a depositar flores nas imediações da sala de concerto.
Segundo a Lusa, o perímetro de segurança do local do atentado está isolado e a ser patrulhado por membros da Guarda Nacional Russa e por equipas de cães, enquanto os serviços de salvamento continuam a remover os escombros do edifício destruído pelo fogo.
No sábado, o Presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que “todos os autores, organizadores e aqueles que encomendaram este crime receberão um castigo merecido e irremediável, sejam eles quem forem e independentemente de quem os enviou”.
Até ao momento, e segundo dados das autoridades russas, foram detidas 11 pessoas ligadas ao ataque.
O ataque de sexta-feira causou uma troca de acusações entre os presidentes da Ucrânia e da Rússia. Volodymyr Zelensky, acusou o seu homólogo russo de tentar “remeter a culpa” para Kiev do atentado em Moscovo. Por seu lado, Vladimir Putin condenou o acto terrorista.