As remessas de vacinas contra a COVID-19 para África devem aumentar sete vezes, de 20 milhões, por mês, para uma média mensal de 150 milhões, para que o continente vacine completamente 70% da população até Setembro de 2022. E o Presidente de Angola, João Lourenço, insistiu na necessidade de liberalização das vacinas, para que mais países as produzam.
O objectivo foi fixado na cimeira global da COVID-19, organizada pelos Estados Unidos da América, à margem da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, esta semana, em Nova Iorque.
No evento, o Chefe de Estado angolano, João Lourenço, considerou que é chocante constatar-se a disparidade existente entre umas nações e outras no que diz respeito à disponibilidade de vacinas.
“A vacina deve ser reconhecida como um bem da humanidade, de acesso universal e aberto para permitir uma maior produção e distribuição equitativa à escala mundial”, disse João Lourenço.
Outrossim, o Presidente angolano criticou os frequentes golpes de Estado em África, tendo citado Mali e, recentemente, Guiné-Conacri como exemplo e disse que é necessária uma intervenção mais forte da comunidade internacional, devendo esta actuar e não apenas se limitar em fazer declarações.
Os promotores dessas acções devem, segundo Lourenço, ser obrigados a devolver o poder a quem foi eleito.