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Preços disparam nos mercados Grossista do Zimpeto e Central em Maputo

Foto: O País

Há escassez de batata reno e cebola no Mercado Grossista do Zimpeto, que abastece a Cidade de Maputo e arredores. Devido à situação, os preços tendem a disparar. O tomate, por exemplo, está a deteriorar-se por falta de compradores. Os comerciantes dizem que o cenário pode piorar nos próximos dias.

O Jornal “O País” escalou, esta segunda-feira, o Mercado Grossista do Zimpeto, na capital do país, bem como o Mercado Central de Maputo, onde os preços dos principais produtos tendem a aumentar, desde os importados aos de produção nacional.

Amadeu Magaia é responsável pelo sector da batata e cebola. Segundo contou, há escassez de produtos no Mercado Grossista do Zimpeto, e a subida de preços é incontornável.

“Relativamente à batata reno e à cebola, há, desde a semana passada, carência desses produtos, razão pela qual a batata subiu dos 150, 180 e 200 meticais para os actuais 270, 280 e 320 Meticais”, respectivamente.

“A situação da cebola é muito crítica. Os preços da cebola estão a subir a cada dia. Na semana passada, um saco de 10kg de cebola importada custava entre 450 e 480 Meticais, e esta semana está a ser vendida entre 560 e 580 Meticais”, contou Magaia.

Um camião proveniente da África do Sul entrou no Mercado Grossista do Zimpeto no último sábado, carregado de tomate. Não conseguiu vender todo o produto, tendo acabado por se deteriorar. Ainda assim, o preço do tomate continua a subir. A caixa de 22 quilogramas chega a custar 600 Meticais. “É tomate da semana passada que não conseguimos vender, por isso está podre. Não conseguimos vendê-lo porque tinha muito tomate aqui no mercado”, explicou uma das vendedeiras.

Catarina Zacarias, vendedeira de tomate nacional, explica que os preços variam em função da qualidade: “A primeira qualidade de tomate custava 450 Meticais no máximo, e esta semana subiu para 600 Meticais. Para as outras qualidades, os preços andam entre 250, 320 a 350 Meticais”.

O Mercado Central de Maputo também está a registar o agravamento de preços dos mesmos produtos, segundo revelou Aida Mussagy, uma das vendedeiras daquele mercado que afirmou também que enquanto Zimpeto continuar a subir preços haverá também a mesma tendência naquele mercado.

A Associação dos Vendedores e importadores do sector informal, vulgo Mukhero, através do seu presidente, Sédocar Novela, aponta a cobrança de taxas de portagens, direitos aduaneiros, o custo de combustíveis, entre outros elementos, como estando na origem da subida de preços. “Na África do Sul, está a chover, o que significa que os preços podem vir a subir ainda mais. Portanto, estes são os factores e razões de os produtos mais procurados estarem a subir no Mercado Grossista de Zimpeto”. O responsável dos importadores informais aponta o aumento da produção interna como solução a esta subida galopante de preços.

A chuva que vem caindo na África do Sul, assim como na região sul de Moçambique, está a influenciar na fraca disponibilidade de mercadorias. Há bancas já sem produtos e camiões vazios que aguardam a paragem da chuva para ir ao campo buscar mais produtos.

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