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Preço de saco de cebola subiu de 450 para 700 Meticais

Foto: O País

O tomate, a cebola, a alface, a couve e outros produtos e serviços de primeira necessidade ficaram mais caros em algumas cidades do país, no passado mês de Abril. A cebola, por exemplo, passou dos anteriores 450 para 700 Meticais, por cada saco de 10 quilogramas.

A vida ficou mais cara em algumas cidades do país, no mês de Abril, segundo indica o índice de Preços no Consumidor Moçambique, referente ao mês de Abril de 2023, publicado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Segundo o documento, as cidades de Maputo, Beira, Nampula, Quelimane, Tete, Chimoio, Xai-Xai e a província de Inhambane registaram uma subida que varia de 2,5 a 15,5 por cento.

“Analisando a variação mensal por produto, é de destacar o aumento dos preços do tomate (2,5%), da cebola (15,5%), da farinha de milho (5,5%), do amendoim (4,5%), do feijão manteiga (2,8%), dos veículos automóveis em segunda mão ligeiros (2,3%) e da couve (3,7%). Estes contribuíram no total da variação mensal com cerca de 0,38 pp (pontos percentuais) positivos. No entanto, alguns produtos com destaque para o milho em grão (19,5%), o óleo alimentar (1,6%), o coco (2,9%), a alface (6,6%), a galinha viva (1,9%), as motorizadas (0,9%) e os receptores de televisão (3,1%) contrariaram a tendência de aumento de preços, ao contribuírem com cerca de 0,34 pp negativos no total da variação mensal”, lê-se no documento.

Destaca-se ainda no comunicado de imprensa do INE que os dados de Abril, quando comparados com os de igual período de 2022, indicam que o país registou um aumento de preços na ordem de 9,61%. As divisões de alimentação e bebidas não alcoólicas e de transportes foram as que tiveram maior aumento de preços, ao variarem com 17,02% e 11,61% respectivamente.

Na Cidade de Maputo, por exemplo, os preços da batata e da cebola dispararam. O saco de 10 kg de cebola registou uma subida de 250 Meticais.

A nossa reportagem visitou os mercados da Malanga, Fajardo e Central, onde constatou estas realidades.

Moisés Mucambe, comerciante, diz que não percebe a razão da alta de preços.

“A batata subiu muito. Por exemplo, no princípio do mês passado, o saco de 10 kg era vendido a 350, mas hoje sai a 450 Meticais. Já a cebola foi registando subidas, já esteve 450 Meticais, depois 600, depois 650 e hoje custa 700 Meticais”, disse.

Comprar meio saco de cebola, por 350 Meticais, tem sido alternativa para quem não consegue suportar o preço deste incontornável ingrediente para as iguarias locais.

“Eles reclamam do preço, sempre que perguntam, mas compram a mesma, pois não há alternativa. Estes não são apenas meus preços. Todos aqui praticam o mesmo”.

O tomate, o feijão, a farinha de milho e até as hortaliças não escaparam à alta dos preços, conforme testemunhou Zinha Abudo, um comerciante de hortaliças no mercado Fajardo.

“No Zimpeto, os preços oscilam. Isso condiciona os nossos lucros. As pessoas não têm dinheiro, por isso, às vezes, só lutamos para ter de volta o valor investido”, desabafou.

E consequência disso é o fraco movimento.

Eunice Mahumane vende alface e couve. A sua alface é vendida entre 50 e 60 Meticais. Poucas vezes compram, por isso é obrigada a baixar o preço, facto que prejudica as suas contas.

Segundo o INE, de Janeiro a Abril do ano em curso, o país registou um aumento de preços na ordem de 3,58%, com maior destaque para a província de Inhambane, que teve o maior aumento do nível geral de preços com cerca de 7,18%.

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