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Comiche corta água e luz nas casas construídas em locais impróprios

A medida enquadra-se numa operação que visa acabar com construções em zonas consideradas proibidas, nomeadamente, parte do bairro da Costa do Sol, onde decorrem demolições de obras erguidas em locais não permitidos.

À margem das celebrações dos 28 anos da criação da Polícia Municipal de Maputo (PMM), o Presidente do Conselho Municipal de Maputo, Eneas Comiche, falou, em entrevista à nossa reportagem, sobre as polémicas demolições de residências na zona de Mapulene, no distrito municipal de Ka Mavota.

Comiche explicou que a operação decorre em cumprimento de uma ordem judicial, pelo que vão continuar. “Haverá mais demolições, porque encontramos uma situação de ocupação desordenada de solo urbano. Encontrámos situações de construções em mangais e isso não deve continuar a acontecer. Tem que se corrigir essa situação”, frisou o edil da capital.

A operação “demolição” começou na passada sexta-feira, com as primeiras quatro casas sentenciadas pela justiça.

No complemento da acção visando acabar com as construções em zonas proibidas, a edilidade diz estar a trabalhar com as empresas Electricidade de Moçambique (EDM) e Águas da Região de Maputo, no sentido de estas suspenderem o fornecimento dos seus serviços às pessoas que têm as suas casas construídas em locais impróprios.

“Estamos em coordenação com a Electricidade de Moçambique e Águas de Maputo e dissemos: nas construções que estão nesses sítios, cortem o fornecimento de energia e quando chegar o momento e as pessoas não avançarem voluntariamente para desocupar esses espaços, nós vamos avançar (com as demolições). Portanto, isto aqui é muito sério. Não é cada um fazer o que quer no Município de Maputo”, sentenciou o edil.

VENDA NOS PASSEIOS

Neste mês de Março, faz um ano após a edilidade ter lançado a campanha de retirada de vendedores informais nas ruas, avenidas e passeios. A acção, aparentemente não alcançou os resultados esperados, uma vez que os vendedores informais retornaram aos locais de onde foram retirados.

O edil da capital reconhece que a guerra ainda não está ganha. “Estão a voltar (os informais), mas não deviam. Deviam ocupar as bancas que existem nos mercados e, por isso, vamos continuar com a nossa acção de não permitir que se venda em locais impróprios”, disse Comiche.

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