Numa altura em que o país e o mundo enfrentam situação da pandemia do novo Coronavírus, a entrada em funcionamento do sistema de abastecimento de água da vila de Milange, província central da Zambézia vai contribuir na disponibilidade de água segura para a prática da higiene individual e colectiva da população, tal como defendeu Cecília Chamutota vice-ministra das Obras Públicas e Habitação e Recursos Hídricos que procedeu a inauguração do empreendimento.
Com o montante de pouco mais de 200 milhões de meticais disponibilizado pelo governo central no âmbito do programa de água para a vida (PRAVIDA), foi possível reabilitar a nascente, construir tanque de quebra pressão, construção de represa, centro distribuidor com três depósitos apoiados em betão armado com a capa de 250 metros cúbicos cada. Igualmente foram construídos estação de tratamento, centro distribuidor com extensão de cerca de três metros, montagem de linha de energia eléctrica com 140 metros de extensão bem como assentamento de tubagem de rede de distribuição com 26 quilómetros de extensão.
O sistema tem a capacidade para abastecer água a um universo de 60 mil habitantes, com um horizonte temporal de fornecimento de água é de pouco mais de 97 mil habitantes até o ano 2035.
“Nós já estabelecemos 450 ligações domiciliárias e construímos oito fontanários que permitirão abastecer 10 mil pessoas no arranque do empreendimento”, disse a vice-ministra das Obras Públicas Habitação e Recursos Hídricos frisando que “quando alguns parceiros se retiraram no apoio ao orçamento do Estado o que afectou programas de desenvolvimento, sobre tudo nas infraestruturas de água, tivemos que nos lançar um desafio para evitar que o nosso povo não ficasse privado de acesso a água, concebemos o programa PRAVIDA, um programa de iniciativa presidencial com financiamento do estado moçambicano para beneficiar 1.7 milhões de pessoas, em todo o país”.
Já a secretária do Estado da Zambézia, Judite Mussácula, referiu que aliado aos esforços de provisão de água as comunidades, o governo vai construir 371 novas fontes e reabilitar outras 347 em toda a província aí longo do quinquênio.
“Esperamos com todas estas intervenções alcançar a taxa de cobertura na ordem de 59.2% servindo cerca de dois milhões e meio de habitantes contra os actuais dois milhões e duzentos quarenta mil”.
Segundo a governante, actualmente a província da Zambézia possui uma taxa de cobertura de abastecimento de água rural na ordem de 54,6% o que representa um universo de pouco mais de cinco milhões de habitantes.
Refira-se que no âmbito do PRAVIDA já foram concluídos e inaugurados sistemas de abastecimento de água nos distritos da Maganja da Costa, Alto-Molócue, Gurué, Mocuba, Ilê e Namarrói.